Xi Jinping não comparecerá ao encontro do Brics no Rio
Irão é um país emergente desde 2024; o presidente chinês receberá o primeiro-ministro.

O presidente da China, Xi Jinping, cancelou sua participação na cúpula do <a href="https://cliquefatos.com.br/44-dos-brasileiros-desejam-um-pais-com-maior-convergencia-com-os- brics /”>Brics, que ocorrerá no Rio de Janeiro nos dias 6 e 7 de julho. O enviado será o primeiro-ministro chinês, Li Qiang, conforme apurado pelo Poder360. O Itamaraty nega a confirmação da ausência, mas o Palácio do Planalto já foi notificado pelos chineses.
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A ausência do presidente do país asiático ocorre em um momento de tensão no Oriente Médio, com o conflito entre Israel e Irã. O país persa é integrante pleno do Brics desde o último ano.
O grupo —que também inclui Brasil, Rússia, Índia, China, África do Sul, Arábia Saudita, Egito, Emirados Árabes Unidos, Etiópia e Indonésia— declarou nesta terça-feira (24.jun.2025) estar preocupado com os ataques militares contra o Irã.
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A avaliação foi divulgada algumas horas após o anúncio de um acordo de alto-horário entre Irã e Israel.
Apesar de não mencionar diretamente os Estados Unidos ou Tel Aviv, o grupo expressou sua condenação aos ataques contra as instalações nucleares do Irã.
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Diante do acirramento das tensões, com consequências imprevisíveis para a paz e a segurança internacionais, bem como para a economia global, enfatiza-se a necessidade urgente de interromper o ciclo de violência e restabelecer a paz.
O Brics manifestou “profunda preocupação” com as ofensivas contra instalações nucleares “de natureza pacífica”. No sábado (21.jun), os EUA atacaram 3 instalações nucleares iranianas (Fordow, Natans e Isfahan). São considerados componentes cruciais do programa nuclear do país.
As salvaguardas, a segurança e a proteção nucleares devem ser sempre respeitadas, inclusive em situações de conflitos armados, para proteger as pessoas e o meio ambiente contra danos.
Conforme o Poder360 apontou, a guerra no Oriente Médio poderia impactar a agenda da cúpula do bloco no Rio. Em sua época, durante os primeiros ataques de Israel ao Irã, a avaliação da diplomacia brasileira era de que não haveria desvirtuamento do evento. A intensificação do conflito já provocou a primeira ausência, contudo.
Para os diplomatas brasileiros, o aumento da tensão internacional eleva a relevância dos debates do bloco de países emergentes. Lula, por exemplo, tem reiterado críticas ao declínio do multilateralismo global. O assunto deverá ser abordado nas mesas de discussão do Rio.
A professora e coordenadora do curso de Relações Internacionais da Faculdade Mackenzie Rio, Fernanda Brandão, avalia que o conflito no Oriente Médio terá um impacto limitado na reunião do BRICS, devido à natureza econômica do bloco e à ausência de questões militares em pauta.
Apesar disso, ela considera que há um risco muito grande de a guerra prejudicar potenciais acordos comerciais. Citou a tensão sobre o estreito de Ormuz, controlado pelo Irã e principal via de passagem do petróleo da Arábia Saudita.
Brandão também mencionou que existiam especulações sobre a presença incerta ou uma participação tímida do Irã na reunião de 6 e 7 de julho.
Fonte por: Poder 360
Autor(a):
Lucas Almeida
Lucas Almeida é o alívio cômico do jornal, transformando o cotidiano em crônicas hilárias e cheias de ironia. Com uma vasta experiência em stand-up comedy e redação humorística, ele garante boas risadas em meio às notícias.