Wimbledon, na Grã-Bretanha, terá seu complexo ampliado

O Tribunal Superior do Reino Unido confirmou a decisão que permite ao All England Lawn Tennis Club, responsável pela organização do torneio de Wimbledon, construir 39 novas quadras de tênis, incluindo uma arena com capacidade para 8.000 pessoas, no terreno do antigo clube de golfe Wimbledon Park. A informação foi divulgada pelo jornal britânico The Guardian nesta segunda-feira (21.jul.2025).

A decisão ratifica a autorização concedida pela GLA (Autoridade da Grande Londres) em setembro de 2024. O recurso judicial foi iniciado durante a realização da 138ª edição do torneio de Wimbledon, após a ação movida pelo grupo Save Wimbledon Park contra a GLA.

O grupo ativista solicitava a anulação da decisão e o retorno do caso à GLA para nova avaliação. Para tanto, conseguiu arrecadar 200.000 libras e alegou que o projeto desrespeita um acordo estabelecido pelo clube em 1993, que previa o uso da área exclusivamente para lazer, recreação ou como espaço aberto.

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O conflito surgiu com a aquisição do terreno, realizada pelo All England Club em parceria com a prefeitura de Merton por 5,2 milhões de libras. Moradores contestam o projeto de expansão, apontando a perda de áreas verdes e os impactos decorrentes das obras, que podem se estender por até 10 anos. Eles também questionam a legalidade da construção em uma área classificada como terreno aberto metropolitano, que possui proteção similar à do cinturão verde.

O clube sustenta que o antigo campo de golfe, que hoje é de uso privado, será convertido em uma área com acesso público. O projeto contempla a criação de um parque de 9,3 hectares, com áreas verdes abertas continuamente, exceto nos períodos de realização de competições. A administração do clube também declara que a expansão das instalações é indispensável para atender aos jogadores e assegurar o padrão do Grand Slam.

Paralelamente, tramita uma ação separada movida pelo All England Club, que visa determinar se o terreno é destinado à recreação pública ou se está protegido por um fundo estatutário. Com a decisão favorável no Tribunal Superior, o clube pode prosseguir com o projeto, apesar das contestações.

Fonte por: Poder 360