SAF: Obstáculos Persistem na Adoção por Empresas Aéreas
A alta cotação e a limitada oferta de SAF (combustível sustentável de aviação) continuam a ser barreiras significativas para sua adoção em larga escala pelo setor aéreo. A declaração foi feita nesta terça-feira, 9 de novembro de 2025, por Willie Walsh, diretor-geral da Associação Internacional de Transporte Aéreo (Iata).
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Walsh expressou a opinião de que atingir uma meta de 10% de uso do SAF até 2030 se mostra “impossível” com o cenário atual.
Compromisso de Empresas Aéreas e Expectativas Realistas
Cerca de 60 empresas aéreas já se comprometeram a explorar o SAF, mas Walsh ressaltou que os desafios são maiores do que o inicialmente previsto. Ele não espera avanços substanciais em 2026, indicando uma necessidade de tempo e investimentos adicionais para superar as dificuldades.
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Críticas à Situação Atual e Papel dos Fornecedores
Walsh criticou a situação, apontando que fornecedores estão explorando a posição de mercado para aumentar seus lucros, pressionando as companhias aéreas. O SAF é produzido a partir de óleos vegetais, incluindo a reciclagem de óleos usados em cozinhas, demonstrando um esforço para reduzir o impacto ambiental.
A Necessidade de Investimento e Subsídios
Marie Owens Thomsen, economista-chefe da Iata e vice-presidente de Sustentabilidade, enfatizou a importância da participação das empresas de petróleo no processo de produção do SAF. Thomsen destacou que essas empresas recebem subsídios globais de aproximadamente US$ 1 trilhão, o que, na sua opinião, permitiria que o SAF estivesse amplamente disponível.
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Reportagem Especial
A reportagem foi feita com o apoio da Iata. O editor sênior Paulo Silva Pinto viajou a convite da Iata.
