WePink processada por irregularidades no Goiás: atrasos e falta de reembolso
Ministério Público de Goiás aciona empresa por sucessivas reclamações sobre atrasos, falta de reembolsos e suporte de má qualidade.
Processo Contra WePink Levanta Problemas com Entregas e Atendimento
A WePink, empresa fundada pela influenciadora Virginia Fonseca, enfrenta um processo movido pelo Ministério Público do Estado de Goiás (MP-GO). A ação surge devido ao aumento significativo de reclamações de consumidores que apontam descumprimentos de direitos básicos, conforme o Código de Defesa do Consumidor. O MP-GO acusa a marca de atrasos frequentes na entrega de produtos comprados online, além de falhas no atendimento pós-venda.
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Diversos consumidores relataram aguardar semanas – e, em alguns casos, meses – pela chegada de suas compras. Há também registros de pedidos nunca entregues, com clientes sem sucesso em obter contato com a empresa para solucionar os problemas. O MP-GO ressalta que a conduta da WePink “coloca em risco os direitos fundamentais do consumidor”, levando à ajuizada uma ação civil pública solicitando medidas corretivas e sanções legais.
O Procon de Goiás também se envolveu no caso, após registrar mais de 340 reclamações entre 2024 e 2025. As principais queixas incluem a não realização de entregas, ausência de reembolso, falta de resposta a pedidos de cancelamento e descumprimento de promessas feitas em campanhas de marketing, especialmente aquelas conduzidas ao vivo por Virginia Fonseca nas redes sociais.
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Esses eventos promocionais, amplamente divulgados pela influenciadora em seus perfis, frequentemente incluíam prazos de entrega expressos e benefícios como brindes e descontos exclusivos. No entanto, para muitos compradores, essas ofertas não foram cumpridas. O órgão considera isso um descumprimento de oferta, uma infração grave segundo o Código de Defesa do Consumidor.
O superintendente do Procon-GO, Marco Palmerston, declarou que o atraso ou a não entrega de um produto configura descumprimento de oferta, garantindo ao consumidor o direito de receber outro produto equivalente ou a restituição do valor pago.
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Em janeiro de 2025, a WePink foi notificada e recebeu 20 dias para apresentar documentos e esclarecimentos sobre as denúncias. O MP-GO informou que a empresa não respondeu no prazo, o que levou ao prosseguimento da ação judicial. A promotoria também aponta que a WePink pode estar infringindo artigos do Código de Defesa do Consumidor que garantem o direito à informação clara, o cumprimento da oferta e a reparação por danos.
Até o momento, Virginia Fonseca não se manifestou publicamente sobre o processo. A influenciadora é uma das sócias e principal figura da marca, frequentemente utilizando sua imagem pessoal para promover os produtos.
Autor(a):
Júlia Mendes
Apaixonada por cinema, música e literatura, Júlia Mendes é formada em Jornalismo pela Universidade Federal de São Paulo. Com uma década de experiência, ela já entrevistou artistas de renome e cobriu grandes festivais internacionais. Quando não está escrevendo, Júlia é vista em mostras de cinema ou explorando novas bandas independentes.












