Wajngarten nega que a PF tenha tentado obter informações sobre delação de Cid.
O ex-secretário de Comunicação Social do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), Fábio Waijngarten, negou nesta terça-feira (1º de julho de 2025) que tenha tentado obter informações da delegação premiada do tenente-coronel Mauro Cid.
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Em depoimento à PF (Polícia Federal) em São Paulo, Waajngarten afirmou que foi procurado pelo pai de Cid para ajudá-lo com a inscrição de sua neta em uma competição de hipismo na Sociedade Hípica da capital paulista.
As suspeitas de contato indevido com o entorno de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, colocaram Waajngarten na condição de investigado por obstração de Justiça no caso de tentativa de golpe de Estado em 2022.
Fui solicitado pelo general Lorena Cid a inscrever a neta em uma competição de hipismo em São Paulo, no mês de agosto de 2023. Entrei em contato com Paulo Bueno e ele realizou a inscrição de Giovana, a filha mais velha, e, por uma feliz coincidência, ela venceu o campeonato na hipica de São Paulo, declarou a jornalista ao final da entrevista.
O advogado, que já atuou na defesa de Jair Bolsonaro e faz parte do seu núcleo mais próximo, declarou que não teve mais contato com nenhum familiar de Cid após o ocorrido. “Repudienei veementemente a tentativa de acusação de obstração e estou estudando medidas para ingressar com ação de denúncia caluniosa por parte de quem tentou essa acusação infundada”, afirmou.
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Além de Wajngarten, o advogado de Bolsonaro na ação no STF (Supremo Tribunal Federal) por tentativa de golpe, Paulo Cunha Bueno, também prestou depoimento à PF. O advogado Eduardo Kuntz, que defende Marcelo Câmara no mesmo processo, foi outro ouvido no dia. Câmara, por sua vez, prestou depoimento no mesmo horário na sede da PF em Brasília.
O inquérito foi iniciado a pedido da defesa de Cid. Os advogados do denunciante declaram que Kuntz procurou a filha do militar de 14 anos na tentativa de obter informações sobre o depoimento dela.
Em relação a Wajngarten, os advogados do tenente-coronel afirmaram que ele também teria conversado com a filha de Cid pelo WhatsApp. Já Paulo Cunha Bueno, juntamente com Kuntz, teria “cercado” a mãe do ex-ajudante de ordens, Agnes Cid, na Hípica de São Paulo, para tentar “desistir da defesa então constituída por Mauro Cid”.
Kuntz também é investigado por suspeita de trocar mensagens com o ex-ajudante de ordens sobre a sua delação. Ao pedir a anulação do acordo com o STF, Kuntz informou, em 17 de junho, que conversou com Cid por meio de uma conta de Instagram sob o nome “GabrielaR702”.
As mensagens da conta de Instagram foram divulgadas pela revista Veja. Cid, no entanto, negou que ele tenha utilizado essa ou qualquer outra conta para se comunicar com outros investigados. Ele estava proibido de usar redes sociais por determinação do ministro do STF Alexandre de Moraes.
Fonte por: Poder 360
Autor(a):
Fluente em quatro idiomas e com experiência em coberturas internacionais, Ricardo Tavares explora o impacto global dos principais acontecimentos. Ele já reportou diretamente de zonas de conflito e acompanha as relações diplomáticas de perto.