Wagner afirma que não se trata de aumentar o tom, mas de se posicionar, em relação à derrubada do IOF
O líder do governo declarou que é um direito do presidente da Câmara, Hugo Motta, responder à nova propaganda do PT que critica os congressistas. Leia n…

O líder pPetista no Senado, Jaques Wagner (PT-BA), afirmou nesta segunda-feira (30.jun.2025) que o Palácio do Planalto não intensificou a crítica ao Congresso ao criticar a revogação dos decretos do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras). De acordo com ele, o Executivo precisa se posicionar e apresentar sua perspectiva sobre o ocorrido.
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Precisamos também apresentar nosso posicionamento. Não se trata de aumentar o tom, mas de explicar a nossa posição. O governo deve explicar o nosso ponto de vista para que as pessoas compreendam. Não é necessariamente preciso aumentar o tom, afirmou a jornalista antes de um evento no Palácio do Planalto. A declaração de Wagner se refere a uma nova propaganda do PT que intensifica o discurso de confronto entre pobres e ricos.
O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), divulgou um vídeo horas antes, no qual rebate críticas do governo sobre o assunto. Ele também respondeu ao discurso do Planalto, que tem associado a derrota à suposta atuação do Congresso em favor dos mais ricos.
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No vídeo, Motta rejeita a ideia de que o Executivo tenha sido pego de surpresa. “Capitão que vê o barco indo em direção ao iceberg e não avisa não é leal, é cúmplice. E nós avisamos ao governo que ess “É um direito dele, né, responder”
“O PT produziu o vídeo. O lado oposto foi a União Progressista. Mas se ele [Motta] mesmo fez a declaração… é o direito dele. Não vou entrar nisso. Não vamos para lugar nenhum, temos coisas mais importantes para fazer”, declarou.
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O decreto foi revogado pela Câmara na quarta-feira (25 de junho), com 383 votos favoráveis e 98 contrários. No mesmo dia, o Senado confirmou a decisão em votação simbólica, sem contagem nominal.
Desde então, membros do governo e o PT têm utilizado as redes sociais para afirmar que o Congresso favorece os mais ricos. O tom é consistente com a postura do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que argumenta que os pobres pagam muitos impostos e os ricos quase nenhum.
Motta, contudo, afirmou que o governo não pretende estimular uma “polarização social” e defendeu que o Congresso tem agido de maneira equilibrada. “Quem alimenta o ‘nós contra eles’ acaba governando contra todos”, declarou. Ele acrescentou que a ideia de que o Legislativo age contra os interesses da população é incorreta.
A polarização política no Brasil tem frustrado muitas pessoas e agora se busca criar a polarização social. No mesmo dia em que derrubamos o aumento do IOF, aprovamos outras três medidas importantes para o nosso país, declarou Motta.
Entre essas medidas, segundo Motta, estão:
A seguir, apresento a totalidade das declarações de Motta:
Hoje teremos um Google especial para discutir o IOF e muitas outras questões que foram abordadas aqui em Brasília nesta última semana.
E essa história de que o Congresso não se importa com a população, é verdade ou não?
Falso.
Primeiramente, aquele que alimenta a divisão entre “nós” e “eles” acaba governando contra todos. A Câmara dos Deputados, com 383 votos de deputados de esquerda, de direita, decidiu derrubar um aumento de imposto sobre o IPI, o imposto que afeta toda a cadeia econômica.
A polarização política no Brasil tem frustrado muitas pessoas e agora buscam criar a polarização social. No mesmo dia em que cancelamos o aumento do IOF, aprovamos outras três medidas importantes para o nosso país. A primeira delas foi uma medida provisória que permite o investimento de R$ 15 bilhões de reais em habitação no nosso país.
Nessa mesma medida, incluímos a permissão para que o governo possa vender o excedente de petróleo, o que ajudará o governo a arrecadar algo em torno de entre 15 e 20 bilhões de reais sem aumentar impostos. Aprovamos também o crédito consignado privado. Aprovamos um projeto de lei que garante a isenção do pagamento de imposto de renda para as pessoas que ganham até dois salários mínimos.
O governo afirma ter se sentido traído e que foi surpreendido com a votação do IOF. Verdadeiro ou falso?
Falso.
O capitão que percebe o barco se dirigindo ao iceberg e não alerta não é leal, é cúmplice. E nós informamos ao governo que essa questão do IOF teria muita dificuldade de ser aprovada no parlamento.
O chefe do poder executivo não pode se dedicar a um partido político, ele deve priorizar o interesse do seu país.
E sobre as pessoas que mencionaram na imprensa que você é um indivíduo que se adapta e se ajusta às situações?
Real.
Se uma ideia for prejudicial ao Brasil, eu a combateria. Contudo, se essa ideia for benéfica, eu a promoveria para que se disseminasse por todo o país. Ser de centro não significa falta de posicionamento, mas sim ausência de preconceito. E podem ter certeza: se uma ideia for boa, nós a defenderemos e a divulgaremos para que alcance todos os brasileiros e brasileiras.
Fonte por: Poder 360
Autor(a):
Gabriel Furtado
Gabriel é economista e jornalista, trazendo análises claras sobre mercados financeiros, empreendedorismo e políticas econômicas. Sua habilidade de prever tendências e explicar dados complexos o torna referência para quem busca entender o mundo dos negócios.