O Comitê Norueguês do Nobel e o grupo japonês Nihon Hidankyo, de sobreviventes da bomba atômica de Hiroshima e Nagasaki, premiado com o prêmio, advertiram que as tensões nucleares estão aumentando em todo o mundo.
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“Estamos à beira de uma nova e instável era nuclear”, declarou o presidente do Comitê do Nobel, Joergen Watne Frydnes, na Conferência Nobel da Paz em Oslo, comemorando o trabalho do Nihon Hidankyo nesta quarta-feira (6), data que marca os 80 anos dos bombardeios atômicos americanos de Hiroshima e Nagasaki em 1945.
Frydnes declarou que o tabu nuclear que os Hibakusha, sobreviventes japoneses da bomba atômica, contribuíram para criar, estava sob risco devido à modernização de arsenais por potências nucleares, na tentativa de obter novas nações para possuir armas nucleares e ao fim dos tratados de desarmamento.
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Masako Wada, adjunta-secretária-geral do Nihon Hidankyo e sobrevivente do bombardeio de Nagasaki, criticou os países com armas nucleares por descumprirem suas responsabilidades sob o Tratado de Não Proliferação de Armas Nucleares.
Em virtude de sua falta de sinceridade e arrogância, a humanidade inteira se encontra à beira de uma guerra nuclear. No cenário global instável de atualmente, o risco do emprego de armas nucleares é o mais elevado desde o término da Guerra Fria.
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Os sobreviventes da bomba têm mais conhecimento do que qualquer um sobre o fato de que, caso armas nucleares sejam utilizadas pela terceira vez, não haverá mais ninguém vivo para testemunhar os efeitos e as consequências.
O Nihon Hidankyo recebeu o Prêmio Nobel da Paz em 2024 em virtude de seus esforços de décadas para a eliminação das armas nucleares.
Fonte por: CNN Brasil