De acordo com a análise de Vitelio Brustolin, pesquisador de Harvard e professor da Universidade Federal Fluminense (UFF), não seria uma alternativa viável para o Brasil buscar apoio dos países do Brics em face das tensões comerciais com os Estados Unidos.
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O especialista aponta que os membros do Brics estão conduzindo negociações individuais com os EUA sobre questões tarifárias. A China, por exemplo, recebeu uma proposta para aumentar seus importes de soja americana, o que pode afetar negativamente o Brasil, principal fornecedor de 70% da soja consumida pelos chineses.
Brustolin aponta que o Brics enfrenta diversos conflitos internos entre seus membros. A Índia mantém disputas com a China, enquanto o Egito tem tensões com a Etiópia na Somália. Além disso, Irã e Arábia Saudita só estabeleceram relações diplomáticas em 2023.
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O pesquisador destaca como um fator fundamental é a informalidade do BRICS. A organização não possui sede, estatuto, regimento ou critérios definidos para a adesão de novos integrantes, o que restringe sua capacidade de atuação em questões comerciais complexas.
O Mercosul, apesar de ser uma organização formal, não foi visto como uma alternativa viável. A Argentina, por exemplo, já obteve benefícios importantes em negociações bilaterais com os Estados Unidos, alcançando 80% de isenção nas tarifas.
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Fonte por: CNN Brasil