Virginia Giuffre revela em livro que foi abusada por “premiê conhecido” em caso Epstein
Virginia Giuffre revela em suas memórias detalhes impactantes sobre as agressões sexuais que teria sofrido do ex-financista e seu círculo íntimo.
Virginia Giuffre Revela Abusos em Livro de Memórias
Virginia Giuffre, uma das principais denunciantes de Jeffrey Epstein, relatou em sua autobiografia que foi brutalmente espancada e abusada por um primeiro-ministro não identificado. Em seu livro, ela descreve como foi frequentemente utilizada e humilhada, chegando a ser sufocada e espancada.
“Eu acreditava que poderia morrer como escrava sexual”, afirmou Giuffre. Seis meses após seu falecimento na Austrália, a obra “Nobody’s Girl” foi lançada nesta terça-feira (21), revelando detalhes angustiantes sobre os abusos que sofreu na adolescência e sua luta por justiça.
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Na versão americana do livro, Giuffre menciona ter sido abusada por um homem que descreveu em documentos legais como um “primeiro-ministro conhecido”. Já na versão britânica, o mesmo homem é referido como um “ex-ministro”, mas a razão para essa diferença nas traduções não é clara.
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Experiências Narradas por Giuffre
Durante sua estadia na ilha caribenha de Epstein, Giuffre relatou que foi traficada para um homem que a abusou de maneira extremamente violenta. Na época, ela tinha apenas 18 anos e descreveu momentos aterrorizantes em que foi estrangulada e ameaçada de morte.
“Ele se deleitou ao me ver temer pela minha vida”, escreveu Giuffre, que também implorou a Epstein para não ser enviada de volta ao agressor. “Ajoelhei-me e implorei. Não sei se Epstein temia o homem ou se lhe devia um favor, mas ele não fez nenhuma promessa”, acrescentou.
O livro promete intensificar o escândalo global sobre as conexões de Epstein com figuras poderosas, gerando repercussões entre políticos no Reino Unido e nos Estados Unidos.
Escândalo com o Príncipe Andrew
A publicação reacende a investigação sobre o príncipe Andrew, irmão do rei Charles III, que foi acusado por Giuffre de agressão sexual quando ela era adolescente. Andrew nega as acusações e, diante da pressão pública, anunciou que renunciou ao uso de seus títulos reais.
Em um comunicado, o príncipe afirmou que decidiu priorizar sua família e seu país. Apesar disso, ele manterá o título de “príncipe”, sendo filho da falecida rainha Elizabeth II. As revelações nas memórias de Giuffre podem aprofundar ainda mais a crise envolvendo Andrew.
Entre as alegações, Giuffre afirma que a “equipe” de Andrew tentou contratar pessoas online para intimidá-la durante sua ação civil contra ele em Nova York. Ela também mencionou que foi forçada a ter relações sexuais com Andrew em três ocasiões, incluindo quando tinha 17 anos.
Embora Andrew tenha alegado nunca ter conhecido Giuffre, ele pagou milhões para resolver o caso civil em 2022. Giuffre comentou sobre o acordo, afirmando que Andrew lhe devia um pedido de desculpas significativo.
Além disso, uma denúncia recente revelou que Andrew manteve contato com Epstein mesmo após afirmar que havia rompido a amizade. E-mails descobertos contradizem sua versão, mostrando que ele continuou se comunicando com Epstein após a publicação de uma foto dele com Giuffre.
Autor(a):
Lara Campos
Com formação em Jornalismo e especialização em Saúde Pública, Lara Campos é a voz por trás de matérias que descomplicam temas médicos e promovem o bem-estar. Ela colabora com especialistas para garantir informações confiáveis e práticas para os leitores.