Rainha de Bateria Defende Passistas e Critica Escolhas em Escolas de Samba
Evelyn Bastos, diretora cultural da Liesa, emitiu um pronunciamento em resposta às controvérsias envolvendo a coroação da influenciadora Virginia Fonseca como rainha de bateria da Grande Rio. A fala da presidente da Estação Primeira de Mangueira, de 32 anos, veio em meio a críticas à escolha da influenciadora, que tem raízes evangélicas.
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Em vídeo publicado em suas redes sociais, Evelyn Bastos criticou o fato de figuras públicas com visões religiosas intolerantes ocuparem cargos de destaque em escolas de samba, ressaltando a importância das passistas de comunidade, que se desenvolvem organicamente dentro das agremiações. Ela enfatizou que “quem faz a festa no quintal de casa é a dona do chão”, defendendo a inclusão de todos como visitantes.
“Eu não acho justo que pessoas que saem da lâmpada do Aladdin sustentem cargos de destaque na terra das herdeiras da ginga de Ciata, principalmente algumas que vem de religiões que demonizam nossas tradições e tentam minar a nossa existência enquanto cultura popular afro brasileira”, declarou a rainha da Mangueira, defendendo a força das passistas de comunidade.
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A fala de Evelyn Bastos recebeu apoio de diversas figuras do Carnaval, incluindo Juliana Alves, que já reinou na Tijuca, Livia Andrade, que desfilou em escolas como Gaviões da Fiel e Paraíso do Tuiuti, e MC Receba, que foi passista do Salgueiro. Juliana escreveu: “Que bom que você falou, rainha, de cima do seu posto. Pra que ninguém possa falar que é recalque. Isso é consciência e postura que honra nossa negritude e nossas lutas. É senso de coletividade e posicionamento de rainha!”
A atriz Carol Castro, que já foi rainha de bateria do Salgueiro, também se manifestou contra a escolha de Virginia Fonseca. A Mangueira, por outro lado, teve apenas duas rainhas de bateria famosas: Gracyanne Barbosa e Preta Gil. Evelyn Bastos é filha de Valéria Bastos, que ocupou o posto entre 1987 e 1989.
