Ameaças à Saúde Pública: Tiroteios em Unidades de Atenção no Rio
Entre janeiro e 22 de setembro deste ano, diversas unidades de Atenção Primária no Rio de Janeiro, incluindo clínicas da família e centros municipais de saúde, enfrentaram a necessidade de suspender o atendimento 711 vezes, devido à violência em seus entornos, conforme dados solicitados pela CNN.
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O incidente mais recente ocorreu na manhã de sábado (27), próximo a uma unidade hospitalar de média e alta complexidade na Zona Norte, resultando na morte de um homem e duas pessoas baleadas. O episódio aconteceu logo após a visita do ministro da Saúde, Alexandre Padilha (PT), ao hospital, evidenciando a dificuldade de garantir segurança mesmo em eventos de grande porte.
Repercussão e Preocupação com a Segurança
O secretário municipal de Saúde, Daniel Soranz, expressou preocupação com a recorrência de casos de violência e o risco constante para profissionais e pacientes. Ele questionou a capacidade de manter a ordem em frente a um hospital de grande porte, levantando dúvidas sobre a segurança da população nas comunidades e unidades do dia a dia.
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Soranz reforçou a urgência na apresentação de um plano concreto e eficaz pela Secretaria de Segurança Pública do Estado do Rio, visando proteger pacientes e profissionais da saúde, considerando a crescente ameaça à segurança das unidades de saúde.
Outros Incidentes e Repercussão
Em 18 de setembro, oito criminosos armados invadiram o Hospital Municipal Pedro II, em Santa Cruz, Zona Oeste, em busca de um homem que havia sobrevivido a uma tentativa de execução. A unidade, que atendia cerca de 300 pacientes, incluindo crianças e mulheres em trabalho de parto, foi palco de um momento de pânico.
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Em abril, imagens gravadas em uma Clínica da Família de Realengo mostraram pacientes se abrigando no chão enquanto tiros eram disparados no entorno, durante a investigação de um transbordo de carga roubada na região do Jardim Novo.
Aguardando Respostas
A CNN entrou em contato com a Secretaria de Segurança do Estado do Rio e aguarda o posicionamento da pasta sobre a crescente insegurança nas unidades de saúde e a necessidade de medidas urgentes.
