Vessel com ativistas e assistência humanitária está a 48 horas da Faixa de Gaza

O brasileiro Thiago Ávila e a sueca Greta Thunberg se encontram entre os tripulantes que se arriscam a contornar o bloqueio israelense.

08/06/2025 11:33

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Vessel com ativistas e assistência humanitária está a 48 horas da Faixa de Gaza

Cerca de 48 horas após ter sido alvo de ataques com drones, a Flotilha da Liberdade, uma coalizão de ativistas contra a guerra na Faixa de Gaza, se aproxima do território palestino sob bloqueio por Israel. O grupo transporta alimentos e remédios e pretende estabelecer um acesso à população faminta. O brasileiro Thiago Ávila, ativista internacionalista e ambientalista, e a ativista sueca Greta Thunberg, reconhecida globalmente por sua luta contra o aquecimento global, estão entre os tripulantes que se arriscam a romper o bloqueio israelense. Um dos membros do navio é o ator irlandês Liam Cunningham.

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A embarcação, chamada Madeleine, partiu de Catânia, um porto italiano, em 1º de junho. É possível acompanhar o barco se aproximando de Gaza através deste link. Na última quinta-feira (5), o jornal israelense The Jerusalem Post informou que “fontes militares” de Israel informaram ao periódico que não será permitida a embarcação atracar em Gaza. Em mensagem enviada hoje à Agência Brasil, o brasileiro Thiago Ávila disse que a embarcação está a 430 quilômetros de Gaza e os ativistas esperam atracar no território na segunda-feira (9).

O ativista relatou que estão em contato com diversos grupos, incluindo o coletivo de médicos de Gaza e o de jornalistas, que aguardam a chegada da equipe. Israel ameaça interceptar a missão e atacar a embarcação. O navio transporta 12 ativistas de sete países distintos, com Thiago sendo o único não europeu a bordo. “Temos maiorias sociais a nosso favor. As pessoas sabem, no fundo de seus corações, que matar crianças desarmadas é errado”, concluiu.

Segundo Thiago, a intenção é fornecer alimentos e medicamentos em Gaza e retornar, permitindo que outros navios e indivíduos realizem a mesma tarefa. “Esperamos que esta missão tenha um impacto notável, que estabeleça essa rota humanitária para o povo. Almejamos que Israel abandone a possibilidade de cometer um crime de guerra e nos ataque”, declarou. Dois dias antes, Thiago comunicou em sua rede social que observou drones próximos ao barco Madeleine.

A ativista ambiental sueca Greta justificou que não há justiça climática com a ocupação ilegal do território palestino e o genocídio do povo palestino. “Nossa missão visa desafiar o bloqueio e o genocídio israelense enquanto os nossos governos cúmplices falham em interromper. Nós, mais uma vez, navegamos em direção a Gaza – não transportando armas, mas sim alimentos e suprimentos médicos. A fome sistemática e a privação de necessidades básicas são alguns dos muitos métodos de guerra que Israel está a utilizar contra os palestinos”, defendeu. Uma primeira tentativa de chegar em Gaza foi frustrada quando outra embarcação do grupo, o Consciência, foi bombardeada por dois drones perto de águas territoriais de Malta. A coalizão Flotilha da Liberdade pede que uma investigação independente apure o ocorrido em Malta.

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Com informações da Agência Brasil.

Fonte por: Jovem Pan

Gabriel é economista e jornalista, trazendo análises claras sobre mercados financeiros, empreendedorismo e políticas econômicas. Sua habilidade de prever tendências e explicar dados complexos o torna referência para quem busca entender o mundo dos negócios.