Verifique se há imposto sobre títulos que antes estavam isentos
Abrange setores como LCI (Letra de Crédito Imobiliário) e LCA (Letra de Crédito do Agronegócio). Leia no Poder360.

A implementação do aumento de impostos sobre títulos de renda fixa, proposto pelo governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), não inicia-se em 2025. A alíquota do IR (Imposto de Renda) sobre as categorias passará de zero para 5%, mas se aplicará aos títulos emitidos a partir de 1º de janeiro de 2026.
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A isenção do Imposto de Renda sobre os títulos até o término deste ano permanece válida. Contudo, a alíquota tributária aumentará no ano subsequente para investimentos realizados a partir de 2026, o que resultará em uma menor rentabilidade em comparação com o período anterior às novas normas.
No entanto, existem exceções. Julio de Oliveira, professor de tributação de negócios do Insper e sócio do Machado Associados, afirmou que os títulos emitidos antes de 2026 podem ser tributados caso haja alteração no prazo de vencimento.
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Os rendimentos permanecem isentos, contanto que essa aplicação não seja modificada, por exemplo, por meio de uma nova reestruturação de prazos, afirmou ao Poder360.
Consulte o infográfico abaixo para um resumo das mudanças nas categorias.
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Outros títulos que passarão a ser tributados incluem CRI (Certificados de Recebíveis Imobiliários) e CRA (Certificados de Recebíveis do Agronegócio).
As normas foram divulgadas na quarta-feira (11.jan.2025). O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, visava elevar a arrecadação com tributos para consolidar as contas públicas. Segue a íntegra do texto (PDF – 2 MB).
Os investimentos como LCI e LCA são vistos como mais seguros do que a Bolsa de Valores. Os rendimentos possuem uma taxa definida, o que proporciona maior segurança em relação ao retorno financeiro.
A previsibilidade dessas categorias torna esses títulos mais atraentes para a classe média. O Poder360 revelou que 4 milhões de contas impactadas pelo aumento da tributação não são de alta renda, representando 63% do total.
Haddad e demais ministros de Lula afirmaram que os novos impostos impactariam unicamente os mais ricos, que eles denominam de “andar de cima”. Os dados de contas consolidadas demonstram o oposto.
A Fazenda prevê arrecadar R$ 2,6 bilhões com a extinção da isenção para os títulos emitidos a partir de 2026. Trata-se de uma medida para compensar as perdas de arrecadação decorrentes dos recuos ligados ao impasse do IOF.
A Receita Federal, durante o governo Haddad, apresenta um histórico de superestimar as projeções de arrecadação. Um caso notório é a reintrodução do voto de qualidade pelo Carf (Conselho Administrativo de Recursos Fiscais). A estimativa inicial de um impacto de R$ 28 bilhões para 2025 foi posteriormente diminuída para zero.
Setores preocupados.
Diversos investimentos em renda fixa são empregados para financiar setores da economia. A LCI, por exemplo, é destinada a financiar o setor imobiliário. A LCA opera no agronegócio.
As associações desses setores já apontaram os impactos que os impostos de Haddad devem provocar.
Taxa de 17,5% para aplicações.
A determinação provisória de Haddad e Lula estabelece uma taxa unificada de 17,5% sobre diversos tipos de aplicações financeiras. Anteriormente, a alíquota possuía uma variação entre 15% e 22,5%, conforme a classificação.
Essa alteração provoca o aumento de impostos em algumas operações, ao passo que outras permanecem isentas.
A partir de janeiro de 2026, esta nova taxa unificada se aplica às aplicações ativas, mesmo que tenham sido emitidas ou adquiridas anteriormente.
As aplicações impactadas incluem:
Fonte por: Poder 360
Autor(a):
Marcos Oliveira
Marcos Oliveira é um veterano na cobertura política, com mais de 15 anos de atuação em veículos renomados. Formado pela Universidade de Brasília, ele se especializou em análise política e jornalismo investigativo. Marcos é reconhecido por suas reportagens incisivas e comprometidas com a verdade.