A legislação brasileira especifica os crimes pelos quais o rapper foi indiciado; a pena total pode atingir 25 anos de prisão.
O rapper Oruam (Mauro Davi dos Santos Nepomuceno) teve a prisão preventiva determinada pelo TJRJ (Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro) na terça-feira (22). A decisão se seguiu à acusação de crimes cometidos durante uma operação policial em sua residência, no Joá, Zona Oeste do Rio.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
Oruam foi indiciado pelos crimes de tráfico de drogas, associação ao tráfico de drogas, resistência, desacato, dano, ameaça e lesão corporal, conforme o TJRJ e o secretário da Polícia Civil do Rio de Janeiro, Felipe Curi.
As acusações surgiram após policiais tentarem cumprir um mandado de busca e apreensão de um adolescente, identificado como Menor Piu, que se encontrava na residência de Oruam. O menor é suspeito de atuar como segurança de Edgar Alves de Andrade, o “Doca”, líder do Comando Vermelho (CV) e responsável pelo tráfico no Complexo da Penha.
Durante a ação, Oruam e outros indivíduos atiraram pedras e proferiram ofensas contra os policiais, causando ferimentos a um agente. O rapper se identificou como filho de Marcinho VP, líder do CV, em uma tentativa de intimidação.
A legislação brasileira especifica os crimes em que o rapper Oruam foi acusado. A pena total relacionada a esses delitos pode atingir 25 anos de reclusão.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
De acordo com a Lei Antidrogas (Lei nº 11.343/2006):
De acordo com o Código Penal (Decreto-lei nº 2.848/1940), abrangem-se outros crimes:
A detenção do rapper Oruam na terça-feira (22) no Rio de Janeiro representou mais um capítulo da história de prisões do artista. Filho de Marcinho VP, um dos principais líderes do CV (Comando Vermelho), o cantor acumula passagens pela polícia, conforme afirma, decorrentes de perseguição ao seu trabalho e preconceito em relação às suas origens.
O nome de Oruam já consta em registros policiais anteriormente. Em 26 de fevereiro deste ano, o artista foi preso em flagrante sob a acusação de favorecimento pessoal, por abrigar um foragido da Justiça em sua residência no Rio. Na ocasião, foi liberado após assinar um Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO) e responderá pelo delito no Juizado Especial Criminal (Jecrim).
A operação de fevereiro também obedeceu a mandados de busca e apreensão referentes a uma investigação sobre um tiroteio que Oruam teria realizado em um condomínio em São Paulo, em dezembro de 2024. No local, foram encontradas armas falsas.
Polícia apreende armas falsas, munhões adulterados e outros materiais na residência de Oruam.
Antes, em 20 de fevereiro de 2025, o rapper foi detido em uma operação policial no Rio de Janeiro. Ele foi levado à 16ª Delegacia de Polícia Civil, sendo acusado de direção perigosa e solto após o pagamento de fiança.
Além das questões criminais, Oruam é alvo de projetos de lei “Anti-Oruam” na Câmara dos Deputados e nas Câmaras Municipais de São Paulo e Rio, que visam proibir a contratação de artistas que façam apologia ao crime com recursos públicos. Ele também foi denunciado ao Ministério Público Federal (MPF) por promover sites de apostas ilegais, com investigações solicitadas por lavagem de dinheiro e sonegação fiscal.
A acusação alega que a custódia do MC não possui fundamentos legais para sua manutenção. O vínculo do artista com integrantes da facção criminosa é apontado como uma presunção baseada unicamente em seu perfil de jovem negro e periférico, sem evidências concretas que justifiquem a detenção.
Na defesa, destaca-se que Oruam é réu primário e apresenta bons antecedentes. Adicionalmente, a defesa informa que o rapper já foi absolvido em duas ações anteriores que eram semelhantes à presente, indicando um padrão de acusações infundadas ou sem prova suficiente.
Finalmente, em relação às acusações de tráfico de drogas, a defesa argumenta que a acusação se baseia exclusivamente nas letras das músicas do cantor de funk, enfatizando a ausência de evidências sólidas que comprovem sua participação em atividades de tráfico.
Fonte por: CNN Brasil
Autor(a):
Lucas Almeida é o alívio cômico do jornal, transformando o cotidiano em crônicas hilárias e cheias de ironia. Com uma vasta experiência em stand-up comedy e redação humorística, ele garante boas risadas em meio às notícias.