Vasco obtém autorização da Justiça para empréstimo de R$ 80 mi da Crefisa

Justiça do Rio de Janeiro autoriza empréstimo ao Vasco da Gama

A Justiça do Rio de Janeiro concedeu autorização ao Vasco da Gama para realizar um empréstimo de R$ 80 milhões com a Crefisa. A decisão foi proferida pela juíza Caroline Rossy, da 4ª Vara Empresarial do TJRJ, na quinta-feira, 16 de outubro de 2025. O clube poderá oferecer 10% das ações da Vasco SAF como garantia para esse financiamento emergencial.

O Vasco precisou levar a operação ao Judiciário devido ao seu processo de recuperação judicial, conforme estipulado pela Lei 11.101/2005. A juíza considerou o pedido legítimo e seguro, respaldado por pareceres favoráveis do Ministério Público e do administrador judicial. A operação será realizada na modalidade DIP Financing, destinada a empresas em reestruturação.

Garantias e ajustes no contrato

O valor do empréstimo será garantido pela alienação fiduciária de 10.000 ações ordinárias de classe A da Vasco SAF, representando 10% do capital social da empresa. Inicialmente, a proposta previa o uso de 20% das ações, mas esse percentual foi reduzido após análises do MP e do administrador judicial.

Leia também:

Atlético-MG é intimado a pagar R$ 4,7 mi ao Cuiabá por Deyverson até 27 de outubro

Flamengo e Libra intensificam disputa por verba de transmissão na TV

Milan e Emirates fecham renovação de patrocínio de 30 milhões de euros anuais

A juíza ressaltou que a operação faz parte das medidas estruturantes para o “soerguimento empresarial” do clube, autorizando o desembolso total de R$ 80 milhões, garantido pela alienação fiduciária de 10 mil ações ordinárias de classe A da Vasco SAF e por uma garantia fidejussória pelo CRVG.

Próximos passos e condições do empréstimo

Com a autorização judicial, o Vasco poderá formalizar o contrato com a Crefisa e acessar os recursos necessários para sua reestruturação financeira. A operação não requer aprovação do Conselho Deliberativo do clube, uma vez que o Estatuto do Vasco prevê essa exigência apenas em situações específicas que não se aplicam ao presente caso.