No final do romance “Vale Tudo”, de 1988, com autoria de Gilberto Braga, Leonor Bassêres, e Aguinaldo Silva, Leila (Cássia Kis) apresenta um desfecho surpreendente e dramático, distinto da versão atualizada pela autora.

Manuela Dias implementou alterações substanciais na trajetória de diversos personagens, assegurando que Leila não será a responsável pelo assassinato de Odete Roitman nesta oportunidade. Portanto, o futuro da personagem em 2025 poderá ser completamente distinto.

Na conclusão do romance, Leila se encontra isolada. Bartolomeu (Cláudio Corrêa e Castro) e Eunice (Éris Bruzzi), genitores de Marco Aurélio (Reginaldo Faria), exigem que a jovem revele a verdade sobre o falecimento de Odete Roitman.

Consideram que Marco Aurélio é o verdadeiro responsável e que Leila o está protegendo.

Ivan Meireles (Antônio Fagundes), pai de Bruno (Danton Mello), relatou ao filho que Leila e Marco Aurélio estavam no Rio de Janeiro no dia do crime, ainda que tenham solicitado que ele afirmasse que chegaram somente no dia seguinte. Isso intensifica as suspeitas em relação ao casal.

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Sob pressão, Leila admite ter matado Odete, sem intenção de ferir a empresária. O alvo original era Maria de Fátima, com quem Marco Aurélio mantinha um caso extraconjugal.

A motivação de Leila surge quando ela descobre, através da empregada Deise (Fátima Patricia), que o marido a traía com Maria de Fátima. Deise revela que presenciou os dois juntos e que havia evidências evidentes de outra mulher na cama do casal.

Furiosa, Leila assume a responsabilidade. Ela adquire uma arma e se dirige ao local do encontro com o marido, encontrando uma mulher atrás de uma cortina. Sem visualizar o rosto e consumida pela fúria, ela atira, acreditando que se tratava de Maria de Fátima. Contudo, quem se encontrava ali era Odete Roitman, que acabou sendo morta por engano.

Após a confissão, Leila e Marco Aurélio decidem fugir do Brasil com o filho Bruno, antes que a justiça os alcance. Eles embarcam em um jato particular, em uma das cenas mais impactantes da teledramaturgia brasileira.

Com a canção “Brasil”, interpretada por Gal Costa, Marco Aurélio executa o gesto icônico de “banana”, direcionado ao Cristo Redentor, representando o desdém em relação à lei, a crítica social e a impunidade das elites corruptas.

Leila, estando ao seu lado, é absolvida do crime de homicídio, finalizando sua trajetória de maneira controversa e marcante.

A mudança repentina na versão adaptada pode alterar completamente o cenário.

A substituição do assassino de Odete transforma o papel da personagem na história e oferece novas oportunidades dramáticas. A escritora tem modificado o destino de diversos personagens em relação ao original, o que torna o desfecho atual ainda mais instigante.

Se Leila não for mais a assassina, isso transforma completamente sua narrativa: de vilã trágica a possível vítima, ou até mesmo alguém que busca justiça contra Marco Aurélio e Maria de Fátima. A dúvida permanece no ar, e o público aguarda com expectativa como será sua nova trajetória.

Se a nova versão reiterar esse resultado, a consequência será inevitável. Contudo, se a narrativa avançar por outro rumo, como já está ocorrendo, o público poderá observar uma nova Leilá, com motivações distintas e um desfecho inédito.

Reviva a trama original de “Vale Tudo”, exibida em 1988.

Fonte por: CNN Brasil