As hepatites virais são infecções que afetam o fígado, provocando sintomas como fadiga, febre, desconforto, náuseas, vômitos, dor abdominal e icterícia (pele e olhos amarelados). No Brasil, as mais frequentes são originadas pelos vírus A, B e C, conforme dados do Ministério da Saúde, além da hepatite D e E.
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De acordo com a pasta, essas infecções causam, em média, 1,4 milhões de mortes anualmente globalmente, devido à infecção aguda, câncer hepático ou cirrose associados às hepatites virais. Portanto, a prevenção é essencial no enfrentamento dessas doenças, e a vacina é a principal ferramenta disponível para isso. Na segunda-feira (28), é comemorado o Dia Mundial de Luta Contra as Hepatites Virais para conscientizar a população sobre a vacinação.
Atualmente, dispomos de vacinas que protegem contra as hepatites A e B, que são as mais comuns em nossa população. Ainda não existe, nem no Brasil e nem em outros países, uma vacina eficaz contra a hepatite C, explica Antônio Carlos Madeira, médico do Instituto de Responsabilidade Social Sírio-Libanês, à CNN.
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Há grande esforço e extensa pesquisa por parte dos cientistas no desenvolvimento de uma vacina contra a hepatite C, mas, atualmente, ela ainda não está disponível.
Como ocorre a imunização contra as hepatites virais?
Existem vacinas disponíveis para a hepatite A e B, ambas oferecidas pelo Sistema Único de Saúde (SUS). No caso da hepatite A, a imunização faz parte do calendário infantil, com uma dose aos 15 meses de idade, podendo ser utilizada a partir dos 12 meses até cinco anos incompletos.
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A vacina está disponível nos Centros de Referência para Imunobiológicos Especializados (CRIE), centros Intermediários de Imunobiológicos Especializados (CIIE) e em unidades de vacinação do SUS qualificadas, em esquema de duas doses com intervalo mínimo de 6 meses para pessoas com mais de 1 ano de idade, nas seguintes condições:
A vacina contra hepatite B está disponível no SUS para todas as pessoas não vacinadas, independentemente da idade. Para crianças, a recomendação é que recebam quatro doses da vacina: ao nascer, aos 2, 4 e 6 meses de idade (vacina pentavalente).
Para a população adulta, o esquema completo se dá com a aplicação de três doses. Para a população imunodeprimida, deve-se observar a necessidade de esquemas especiais com doses ajustadas, disponibilizados nos serviços de saúde que compõem as Redes de Imunobiológicos para Pessoas em Situações Especiais (RIE).
A vacinação contra hepatites não é exclusividade de crianças. Podemos começar a vacinar uma pessoa contra hepatite já na idade adulta e às vezes até mesmo já perto de idade avançada. Então, a vacinação contra hepatite é disponível para praticamente todas as idades.
Outras medidas preventivas
Além da vacinação, existem outros métodos de prevenção das hepatites virais, que diferem conforme a via de transmissão.
Madeira afirma que, no caso da hepatite B e C, a transmissão é fundamentalmente através de transfusão sanguínea, sendo essencial o cuidado com a qualidade do sangue a ser inoculado em um receptor.
A hepatite C também está fortemente associada a relações sexuais desprotegidas, sendo o uso de preservativo essencial para prevenir a infecção.
A higiene alimentar é importante, pois diversos alimentos podem ser ingeridos contaminados pelo vírus, sobretudo no caso da hepatite tipo A. Portanto, atenção à alimentação, à água consumida e às transfusões.
Quais vacinas necessitam de doses de reforço e quais não?
Fonte por: CNN Brasil