O serviço de transporte por moto Uber Moto atendia, em sua maioria, mulheres e áreas de baixa renda da capital paulista, conforme dados divulgados pela empresa na segunda-feira (25). O transporte por moto continua proibido na capital.
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O estudo foi conduzido com 1.840 indivíduos, no período compreendido entre 15 e 26 de maio deste ano, período em que a modalidade estava disponível na cidade de São Paulo, apesar do decreto municipal de janeiro de 2023, que suspendia temporariamente o transporte remunerado de passageiros por motocicletas nas vias da capital.
A análise combinou os locais de partida de viagens realizadas em automóveis e motocicletas com informações demográficas, revelando que os percursos eram majoritariamente concentrados em áreas economicamente desfavorecidas.
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A renda média mensal por pessoa nos pontos de embarque de carros U4, como UberX, era 42% superior à dos pontos de embarque de motocicletas U1 – R$ 2.995 contra R$ 2.115. Duas de cada três usuários de Uber Moto informaram ter uma renda inferior a R$ 4.000 por mês, e um terço relatou uma renda inferior a R$ 2.000.
A pesquisa indica que esses motociclistas pertencem às faixas de renda mais baixas, geralmente classificadas como classes C, D e E, que correspondem a domicílios com menor poder aquisitivo.
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As informações indicam que mulheres representam 67% dos passageiros. A empresa reconhece que o serviço proporciona apoio à mobilidade feminina de maneira que outros meios de transporte não conseguem.
O padrão de deslocamento foi analisado tanto em janeiro, antes da operação do Uber Moto na área central expandida, quanto em maio, quando o serviço operava em toda a cidade.
Táxis em São Paulo
Em maio de 2025, a determinação que impedia o serviço foi declarada inconstitucional pela 8ª Vara da Fazenda Pública do TJ-SP. Alg poucos dias após a decisão, o serviço foi novamente suspenso.
Posteriormente, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), concedeu autonomia às prefeituras para vetar ou regulamentar o transporte individual de passageiros, por meio da sanção à Lei 18.156.
Após a punição, a prefeitura de São Paulo declarou que a modalidade estará proibida na capital paulista por determinação do decreto municipal.
Fonte por: CNN Brasil