De acordo com o diretor da CNN Brasil em Brasília, Daniel Rittner, os países do Brics estão debatendo a expansão do mecanismo de reserva do bloco, denominado Arranjo Contingente de Reservas (ACR), em um encontro de ministros de Finanças e presidentes de bancos centrais no Rio de Janeiro. O evento, que precede a cúpula do Brics, trata de assuntos essenciais para a cooperação econômica e financeira entre os países membros.
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O ministro da Fazenda do Brasil, Fernando Haddad, comunicou que o grupo alcançou um acordo para apoiar a Proposta Quadro da ONU sobre cooperação internacional em matéria tributária. Isso implica um respaldo à sugestão de tributação dos mais ricos, uma medida que o governo brasileiro defende desde o ano anterior nas reuniões do G20.
A expansão do FMI alternativo.
Um dos aspectos principais da discussão é a expansão do Acordo de Reservas Especiais, que atualmente possui US$ 100 bilhões em reservas. O Brasil contribui com US$ 17 bilhões para este fundo, que funciona como uma alternativa ao Fundo Monetário Internacional (FMI) em situações de crises financeiras. As negociações para incorporar novos países a este mecanismo devem iniciar no segundo semestre deste ano.
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Outro ponto discutido na reunião foi a viabilidade de estabelecer uma moeda em comum para as operações comerciais entre os países do BRICS. Contudo, o Brasil tem demonstrado uma abordagem mais reservada em relação a essa sugestão, evitando análises detalhadas sobre o tema. A representação brasileira tem se dedicado a compartilhar experiências passadas e sistemas já consolidados, buscando aprimorá-los, sem sugerir novos mecanismos.
A Rússia, por sua vez, demonstrou interesse em desenvolver um sistema alternativo ao SWIFT para as transferências bancárias, em razão das sanções impostas pelo Ocidente. No entanto, o Brasil, como presidente do BRICS em 2025, tem evitado avançar nessa discussão, priorizando outros temas de cooperação econômica.
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O encontro dos ministros de Finanças e presidentes de bancos centrais do Brics constitui um avanço significativo na consolidação da cooperação econômica entre os países membros, com o objetivo de encontrar soluções para impulsionar suas economias e diminuir a dependência de instituições financeiras convencionais.
Fonte por: CNN Brasil