Após pressão de um vereador ligado ao Partido Liberal, a Universidade Federal de Sergipe determinou o cancelamento de uma prova de redação que mencionava o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e o neonazismo.
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A produção de texto sobre a ameaça neonazista no Brasil e os desafios para a democracia era parte do processo seletivo para cursos de graduação na modalidade EaD.
Os dois textos motivadores contêm menções aos temas “A ameaça atual do neonazismo no século XX” e “A eleição de Jair Bolsonaro”. O trecho sobre a vitória do ex-capitão em 2018 foi retirado de matéria publicada pela coluna Maquiavel, da revista Veja, em 2022.
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A reportagem em questão mencionava ações de Bolsonaro durante seu governo que o conectavam a apoiadores do regime de Adolf Hitler. Um desses episódios foi o encontro entre o então presidente e a deputada alemã Beatrix von Storch, neta do ministro das Finanças de Hitler, Lutz Graf Schwerin von Krosigk, e líder do partido AfD.
O vereador de Aracaju Lúcio Flávio (PL) trouxe à tona o assunto por meio de um vídeo publicado pela manhã desta terça-feira 12, no qual prometeu acionar a Justiça sob a alegação de que a UFS praticou “proselitismo político”. Horas depois, a universidade comunicou o cancelamento da prova.
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Em nota à imprensa, a UFS justificou não ter acesso prévio ao conteúdo das provas, já que sua elaboração cabe a profissionais ligados à Comissão de Concursos Vestibulares. Disse ainda que não âcoaduna com qualquer forma de discriminação, polarização política ou radicalismos ideológicosâ e afirmou prezar por âdemocracia e pluralidadeâ.
Fonte por: Carta Capital