O aumento de casos da síndrome mão-pé-boca é observado em creches de Porto Alegre (RS), uma infecção viral que atinge majoritariamente crianças menores de cinco anos. A Vigilância Epidemiológica da Secretaria Municipal de Saúde acompanha a situação devido aos surtos da doença.
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A prefeitura divulgou, na última quinta-feira (11), um alerta epidemiológico para a rede de serviços notificadores de Porto Alegre.
Entre a segunda quinzena de julho e a primeira semana de setembro, houve um aumento expressivo nos casos da doença, com 19 surtos detectados, que afetaram 161 indivíduos, incluindo bebês, crianças e adultos. Um surto é definido como a ocorrência de três ou mais casos confirmados no mesmo local.
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Em 2023, registraram-se 20 surtos, dos quais 19 foram analisados. A síndrome é uma infecção considerada contagiosa e provocada por um vírus do sistema digestivo, mais frequente em crianças pequenas, porém também pode atingir adultos.
Sintomas
O vírus causador da doença se propaga por contato direto entre indivíduos, além de saliva, fezes, secreções, alimentos e objetos contaminados, e por meio de feridas na pele. A infecção geralmente é mais intensa na primeira semana, porém o vírus pode ser eliminado pelas fezes por até quatro semanas, razão pela qual os casos são acompanhados por 30 dias.
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De acordo com Letícia Campos Araújo, dentista da equipe que acompanha os surtos na vigilância epidemiológica, os sintomas mais notáveis são as lesões em mãos, pés e boca, e os primeiros sinais geralmente incluem dor de garganta e febre. “Em dois ou três dias, surgem pequenas feridas avermelhadas nas mãos, pés e boca. Além disso, pode ocorrer mal-estar e perda do apetite”, ressaltou Letícia.
Prevenção e Intervenção
Não existe tratamento específico ou vacina para a síndrome. Contudo, seguem-se as recomendações para prevenir a doença, conforme orienta a prefeitura:
- Lave as mãos com frequência, principalmente após utilizar o banheiro e antes de manusear alimentos.
- Elimine fraldas e lenços em contentores fechados.
- Não compartilhe mamadeiras, copos ou talheres.
- Reforce a higiene das mãos na troca de fraldas nas creches a fim de prevenir a transmissão entre as crianças.
- Isole os pacientes do ambiente escolar ou profissional até a resolução dos sintomas.
- Lave com água e sabão e desinfete com solução de água sanitária diluída superfícies e objetos que possam ter contato com secreções ou fezes.
- Evite aproximação física com indivíduos doentes, incluindo gestos como abraços e beijos.
- Cubra a boca e o nariz ao tossir ou espirrar.
- Realize a troca e lavagem diária de vestuário e artigos de cama de pacientes.
Síndrome Mão-Pé-Boca: entenda os sinais da doença
Sob a supervisão de Carolina Figueiredo.
Fonte por: CNN Brasil