Unicef: 300 mil estudantes retornaram aos estudos por meio de iniciativa de combate à exclusão e abandono escolar
Em parceria com a União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação, uma iniciativa lança dados de levantamento inédito nesta segunda-feira (28).

Entre 2017 e 2025, no Brasil, mais de 300 mil crianças e adolescentes que se encontravam fora da escola ou em risco de evasão foram identificados e reintegrados às salas de aula por meio da Busca Ativa Escolar. Os dados foram divulgados nesta segunda-feira (28) pelo Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância), que coordena a iniciativa em parceria com a Undime (União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação) para apoiar estados e municípios no combate à exclusão e ao abandono escolar.
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Um estudo realizado pela Unicef e pela Undime, disponibilizado online, apresenta informações sobre a evasão escolar por estados e municípios, o perfil de crianças e adolescentes fora da escola e dados sobre a Busca Ativa Escolar em cada localidade, incluindo o número de meninas e meninos (re)matriculados e as razões que levaram à exclusão.
A evasão escolar é um desafio multifatorial, e sua resposta também precisa ser abrangente. Com a Busca Ativa Escolar, gestores e equipes têm acesso a dados e conseguem promover uma atuação intersetorial, identificando crianças e adolescentes fora da escola e, a partir disso, atuando, envolvendo as áreas de saúde, educação, assistência social, entre outras. Com adesão de mais de 2 mil municípios e 21 estados, a estratégia vem se consolidando como uma ferramenta fundamental para garantir o direito à educação e enfrentar o abandono e a evasão escolar em todo o país.
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Desigualdades
A pesquisa aponta que, apesar dos resultados positivos da iniciativa e dos avanços que o Brasil tem alcançado nas últimas décadas, ainda existem 993 mil crianças e adolescentes de 4 a 17 anos sem estudar no país – faixa etária em que a educação é obrigatória, conforme a PNAD Contínua 2024.
Lados masculinos correspondem a 55% do total, sendo as mulheres 45%. Em relação à raça/cor, 67% são pretas, pardas ou indígenas, o que evidencia a necessidade de políticas públicas que abordem desigualdades de maneira estruturada e intersetorial.
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O grupo entre 15 e 17 anos apresenta o maior índice de exclusão: são 440 mil adolescentes fora da escola, no momento em que deveriam estar finalizando a educação básica. A exclusão também tem forte relação com a renda das famílias. Do total de crianças e adolescentes de 4 a 17 anos fora da escola, quase 400 mil vivem nas famílias 20% mais pobres do país.
Em relação ao território, 195 mil dos que estão fora da escola residem na zona rural, enquanto 797 mil estão na zona urbana — demonstrando que, mesmo em regiões com maior concentração de escolas, ainda existem barreiras que dificultam o acesso e a permanência na educação.
O acesso à creche: um direito.
A frequência em creches não é obrigatória, mas o acesso à Educação Infantil para bebês e crianças pequenas de 0 a 3 anos é um direito garantido por lei e essencial para o desenvolvimento integral. Atualmente, quase 7 milhões de crianças nessa faixa etária estão fora da creche (60% do total), constituindo o maior grupo na análise nacional da PNAD Contínua. O Brasil está abaixo da meta do PNE (Plano Nacional de Educação), que previa a inclusão de 50% dos bebês nas creches, até 2024. Para atingir essa meta, o país precisa aumentar 1,2 milhão de matrículas em creche.
Avaliação da Busca Ativa Escolar
A avaliação da implementação da Busca Ativa Escolar em estados e municípios revelou sua efetividade. Dentre os municípios participantes, 70,8% consideram que a BAE auxilia na identificação de crianças e adolescentes em situações de vulnerabilidade; 68,5% afirmam que a estratégia proporcionou maior agilidade no enfrentamento das causas da exclusão escolar; 67% apontam maior assertividade nas ações de busca ativa; e 58,1% relatam avanços na identificação de casos de violência.
No âmbito estadual, 72,5% dos respondentes afirmam que a BAE auxiliou no direcionamento do foco para o combate às causas da exclusão escolar; 66,5% reconhecem sua contribuição para identificar situações de vulnerabilidade entre crianças e adolescentes; 62% apontam maior assertividade nas ações e 49% observam avanços na identificação de situações de violência envolvendo crianças e adolescentes.
A estratégia é composta por uma metodologia social e uma ferramenta tecnológica oferecidas gratuitamente aos estados e municípios. Foi desenvolvida pelo Unicef e Undime, com o apoio do Congemas (Colegiado Nacional de Gestores Municipais de Assistência Social) e do Conasems (Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde).
A adesão à Busca Ativa Escolar pode ser realizada por meio do site do projeto, que disponibiliza suporte técnico, materiais pedagógicos e uma plataforma digital para auxiliar gestores públicos a combater a evasão escolar de maneira organizada e com envolvimento de diferentes setores.
53,5% dos estudantes que ingressaram na USP em 2025 eram provenientes de escolas públicas.
Fonte por: CNN Brasil
Autor(a):
Redação Clique Fatos
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