Rescisão do Acordo de Cooperação entre Unicamp e Technion
O reitor da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), Paulo Cesar Montagner, anunciou, nesta terça-feira (30), a rescisão unilateral e imediata do acordo de cooperação entre a universidade e o Instituto Tecnológico Technion, de Israel. A decisão foi tomada em protesto ao que o reitor classificou como genocídio na Faixa de Gaza.
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O anúncio foi feito durante uma sessão do Conselho Universitário (Consu). A Unicamp, seguindo o posicionamento do governo brasileiro, expressa sua condenação às ações ocorridas no território palestino.
Contexto do Conflito e Decisão da Unicamp
A situação na Faixa de Gaza se deteriorou significativamente, com violações aos direitos humanos e à dignidade da população palestina. A Unicamp, alinhada com o governo brasileiro, buscou demonstrar sua posição de solidariedade e repúdio ao conflito.
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O acordo de cooperação com o Technion, firmado em setembro de 2023, visava fomentar a colaboração acadêmica por meio de projetos de pesquisa conjuntos, intercâmbio de docentes e pesquisadores, e o reconhecimento de créditos para estudantes de graduação e pós-graduação.
Histórico do Acordo e Relevância do Technion
Fundado em 1924, o Technion é uma das principais instituições de ensino superior de Israel, com mais de 15 mil estudantes distribuídos em 17 faculdades e 60 centros de pesquisa. Anteriormente, o então reitor Antonio José de Almeida Meirelles havia destacado a importância da aproximação com o Technion para a internacionalização da Unicamp.
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Impactos do Conflito e Situação Humanitária
O conflito, iniciado em 7 de outubro de 2023 com o ataque do Hamas a Israel, resultou em milhares de mortes e feridos em ambos os lados. A ofensiva israelense contra Gaza causou a devastação do território e o deslocamento de mais de 1,9 milhão de pessoas, conforme dados da UNRWA. O número de mortos na Faixa de Gaza subiu para 65.062, com 165.697 feridos, segundo o Ministério da Saúde do território.
A situação humanitária na Faixa de Gaza é crítica, com mais de 1.000 pessoas mortas desde maio, devido à mudança do sistema de distribuição de suprimentos por parte de Israel, e a fome generalizada, com relatos diários de pessoas morrendo por inanição. O futuro do conflito depende da rendição do Hamas e da melhora da situação humanitária.
