Unicamp alerta: Risco de falta de antídotos em casos de intoxicação por metanol
Universidades “zeram” estoque para hospitais: CIATox aponta prática comum no Brasil.
Intoxicações por Metanol em SP: Falta de Antídoto Preocupa
O estado de São Paulo enfrenta uma grave crise com o aumento de casos de intoxicação por metanol, elevando o número de óbitos para 5 e totalizando 22 suspeitos. A situação tem gerado grande preocupação, principalmente em relação à escassez de antídotos disponíveis para combater os efeitos da ingestão da substância química.
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O Centro de Informação e Assistência Toxicológica (CIATox), ligado à Universidade de Campinas (Unicamp), destaca-se como referência no tratamento dessas intoxicações. Segundo o coordenador do Ciatox, Fabio Bucharetti, é comum o centro “zerar” seus estoques para auxiliar hospitais que não dispõem de recursos para lidar com casos de intoxicação por metanol.
Em situações de intoxicação, o etanol puro ou o fomepizol são frequentemente utilizados para amenizar os sintomas, devido à sua maior facilidade de manejo. Em alguns casos, a hemodiálise se torna necessária para evitar o acúmulo do metanol no organismo. O especialista enfatiza a importância de administrar o etanol o mais rápido possível.
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Fabio Bucharetti ressalta a necessidade de aumentar o estoque de fomepizol, mencionando que poucas farmácias de manipulação são capazes de preparar o etanol puro. A administração imediata do antídoto é crucial para o sucesso do tratamento.
Investigação e Medidas de Emergência
O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, confirmou a investigação de cinco mortes suspeitas por intoxicação com metanol, elevando o total de casos para 22. Em resposta à crise, foram implementadas medidas emergenciais, incluindo a criação de um gabinete de crise.
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Além disso, todos os estabelecimentos que registraram casos suspeitos ou confirmados foram interditados. O governador anunciou um reforço na comunicação para informar sobre os sintomas e orientar a população sobre como proceder em caso de suspeita.
A rede de saúde, tanto municipal quanto estadual, está estruturada para prestar assistência imediata. A população também pode denunciar casos de bebida adulterada através do Disque 181, da Secretaria de Segurança Pública, e do Procon.
Autor(a):
Ricardo Tavares
Fluente em quatro idiomas e com experiência em coberturas internacionais, Ricardo Tavares explora o impacto global dos principais acontecimentos. Ele já reportou diretamente de zonas de conflito e acompanha as relações diplomáticas de perto.












