União Nacional dos Fiscalizados da Receita Federal (Unafisco) defende que o governo revise a forma como o Poder Executivo administra a Receita Federal

A Unafisco Nacional solicitou, na terça-feira (10.jun.2025), o desligamento do secretário da Receita Federal, Robinson Barreirinhas.

A entidade afirmou não ter conseguido uma reunião com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, para discutir questões da categoria e que se faz necessária uma intervenção imediata antes que a gestão do governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sofra um “colapso”.

É hora do governo rever urgentemente sua condução da Receita Federal antes que a arrecadação e a governabilidade entrem em colapso, disse a nota publicada após o STJ (Superior Tribunal de Justiça) ordenar o fim da greve dos auditores da Receita Federal. A íntegra do comunicado (PDF – 75 kB) e do editorial (PDF – 33 kB) estão disponíveis.

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O segundo comunicado da associação, a decisão judicial expõe o “modus operandi manipulativo do governo”. A nota afirma que a Receita Federal instrumentalizou a AGU (Advocacia Geral da União) e que Barreirinhas é um “outsider sem compromisso com o órgão”.

O procurador municipal de Barreirinhas alegou que o secretário atuou em contato direto com a AGU, fornecendo documentos, argumentos técnicos e até a narrativa dramática sobre os supostos impactos da greve na arrecadação federal, visando obter a decisão do STJ.

A Receita Federal transformou-se em um braço técnico na repressão contra seus próprios servidores, ao mesmo tempo em que os procuradores da Fazenda e advogados da União, com reajuste de 19% e auxílio-saúde, são utilizados como tropa de choque jurídica contra os auditores, afirmou a Unafisco.

A Unafisco solicitou a intervenção imediata do Ministério da Fazenda para remover o secretário e restabelecer condições mínimas para o funcionamento institucional.

Auditores em todo o país iniciaram uma greve, exigindo melhores salários e condições de trabalho.

Os auditores fiscais da Receita Federal estão em greve, a partir de 26 de novembro de 2024, buscando reajustes salariais e a reestruturação da carreira. A alegação é que o governo não cumpriu um acordo estabelecido no início de 2024, que previa negociações até julho, conforme aponta o sindicato.

A interrupção implementou a denominada “ação padrão”, que dificulta o descarregamento de produtos em portos e aeroportos. Isso gerou um acúmulo nos terminais aduaneiros, com mais de 75 mil cargas paralisadas, atrasos de até 21 dias e perdas.

O Ministério da Gestão e Inovação garante que já houve aumentos em 2024, elevando os salários da categoria até R$ 42.700, e que não há novas negociações programadas.

Fonte por: Poder 360