União Europeia busca competição espacial no norte para diminuir a dependência dos Estados Unidos

As políticas “America First” do presidente dos EUA, Donald Trump, e a guerra na Ucrânia resultaram em um aumento das capacidades independentes do contin…

11/07/2025 19:55

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União Europeia busca competição espacial no norte para diminuir a dependência dos Estados Unidos
(Imagem de reprodução da internet).

Duas pequenas bases espaciais no extremo norte da Suécia e da Noruega estão buscando lançar os primeiros satélites da Europa continental ao espaço, ao mesmo tempo em que a região procura diminuir sua dependência de empresas dos Estados Unidos.

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As políticas “América First” do presidente dos EUA, Donald Trump, e a guerra na Ucrânia impulsionaram o continente a fortalecer suas capacidades independentes em diversas áreas, como defesa e operações espaciais. Contudo, existem obstáculos a serem superados.

Em 2024, os Estados Unidos realizaram 154 lançamentos de hardware em órbita, enquanto a Europa obteve apenas três.

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De um total de US$ 143 bilhões em investimentos públicos globais em empreendimentos espaciais no ano passado, a Europa respondeu por apenas 10%, segundo um estudo da UE.

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O único local de lançamento orbital da Europa está na Guiana Francesa, na América do Sul. O novo foguete Ariane 6 foi lançado com sucesso a partir dali no início deste ano.

A nave não é reutilizável, apresenta um custo elevado por lançamento e é inadequada para suprir as demandas comerciais e militares da Europa nos próximos anos.

Portos espaciais nórdicos

São ali que se localizam os promissores portos espaciais nórdicos. Situado 200 quilômetros acima do círculo polar ártico, próximo onde se encontram as fronteiras da Suécia, Finlândia, Noruega e Rússia, o Centro Espacial de Esrange se destaca na Europa por oferecer 5.200 quilômetros quadrados (2.008 milhas quadradas) de terreno inabitado.

Situada entre pântanos e rios, Esrange está próxima de Kiruna, cidade que abriga uma das maiores minas subterrâneas de minério de ferro do mundo, oferecendo acesso direto a ferrovias e um aeroporto.

A vasta região, utilizada apenas pelo aeroporto e pelos rebanhos de renas da etnia indígena Sami da Suécia, permite a recuperação de peças de foguetes.

Apresenta baixo impacto luminoso e facilidade para o fechamento em relação ao tráfego aéreo.

As etapas para lançamentos orbitais estão avançadas, com novas plataformas de lançamento maiores, hangares e instalações de pesquisa sendo preparados. O Porto Espacial de Andoya, uma base insular no norte da Noruega, é de propriedade majoritária do estado norueguês, com a empresa de defesa Kongsberg detendo uma participação de 10%.

Em março, a Andoya conduziu o primeiro teste de lançamento de um pequeno foguete produzido pela startup alemã ISAR Aerospace, que pode transportar uma carga útil de aproximadamente 1.000 kg (2.205 libras).

O lançamento do foguete durou 30 segundos antes da queda no mar, o que foi avaliado como um resultado positivo.

Andoya, visitada por uma delegação da Otan este mês, possui licença para 30 lançamentos por ano. Esrange não estabeleceu uma meta fixa, mas também atenderá a uma necessidade importante da Otan em fornecer capacidade de lançamento rápido.

Esses portos espaciais nórdicos constituem a maior oportunidade da Europa de alcançar autonomia no setor espacial.

Fonte por: CNN Brasil

Autor(a):

Ex-jogador de futebol profissional, Pedro Santana trocou os campos pela redação. Hoje, ele escreve análises detalhadas e bastidores de esportes, com um olhar único de quem já viveu o outro lado. Seus textos envolvem os leitores e criam discussões apaixonadas entre fãs.