A ONU divulgou dados sobre a administração de agências de refugiados no território palestino.
Uma em cada dez crianças avaliadas em clínicas da agência da ONU para refugiados em Gaza desde 2024 apresentava sinais de desnutrição, informou a agência na terça-feira (15).
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As equipes de saúde estão confirmando que as taxas de desnutrição estão aumentando em Gaza, principalmente desde que o cerco foi intensificado há mais de quatro meses, disse Juliette Touma, diretora de Comunicação da UNRWA, a agência de refugiados da ONU no território palestino, aos repórteres em Genebra via link de vídeo de Amã, na Jordânia.
Desde janeiro de 2024, a UNRWA constatou a avaliação de mais de 240 mil meninos e meninas com menos de cinco anos em suas clínicas, ressaltando que, anteriormente à guerra, a desnutrição aguda era incomum na Faixa de Gaza.
Touma acrescentou que um enfermeiro relatou ter visto casos de desnutrição apenas em livros didáticos e documentários no passado.
Touma declarou que medicamentos, suprimentos de nutrição, material de higiene e combustível estavam em rápido esgotamento.
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Em 19 de maio, Israel suspendeu um bloqueio humanitário de 11 semanas sobre Gaza, possibilitando a retomada restrita das entregas da ONU. Contudo, a UNRWA permanece proibida de fornecer assistência à Faixa de Gaza.
Israel e os Estados Unidos acusam o grupo militante palestino Hamas de desviar recursos das operações conduzidas pela ONU, alegação que o Hamas refuta.
Eles estabeleceram a Fundação Humanitária de Gaza, empregando empresas de segurança e logística americanas privadas para o transporte de assistência até pontos de distribuição, em virtude da recusa da ONU em colaborar.
Em janeiro, o UNICEF comunicou que mais de 5.800 crianças foram diagnosticadas com desnutrição em Gaza, incluindo mais de 1.000 crianças com desnutrição aguda grave. Trata-se do quarto mês consecutivo de aumento.
Fonte por: CNN Brasil
Autor(a):
Apaixonada por cinema, música e literatura, Júlia Mendes é formada em Jornalismo pela Universidade Federal de São Paulo. Com uma década de experiência, ela já entrevistou artistas de renome e cobriu grandes festivais internacionais. Quando não está escrevendo, Júlia é vista em mostras de cinema ou explorando novas bandas independentes.