No mês de março deste ano, um homem utilizou a mesma agulha para verificar tipos sanguíneos.
A Polícia Civil do Espírito Santo apontou que o professor que perfurou 43 alunos durante uma aula de teste sanguíneo em uma escola estadual do município de Laranja da Terra cometeu um crime.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
Segundo a polícia, o professor cometeu o crime de expor a vida ou a saúde de alguém a perigo direto e imediato ao usar uma única lanceta durante a ação. O relato do pai de uma das alunas informou que o homem “realizou uma aula prática de verificação de tipo sanguíneo”.
No inquérito policial, o professor confessou ter realizado a aula prática nos dias 13 e 14 de março de 2025, com visualização de células sanguíneas em microscópio, informou a polícia.
O professor empregou apenas álcool 70%, água destilada e água corrente para limpar as mãos e a lanceta metálica. Durante as aulas práticas, algumas alunas confirmaram a limpeza da agulha entre os usos.
O pai da aluna também afirmou que dezenas de estudantes foram à Unidade Básica de Saúde do município para fazer testes rápidos, “desconfiando de um procedimento que vai contra as normas de saúde”.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
A diretora da instituição informou que o professor não tinha autorização da equipe pedagógica para aquela aula prática e que a escola não dispunha de material descartável para o procedimento. Adicionalmente, a prática também exigia a autorização dos pais dos alunos.
A Coordenadora da Vigilância Epidemiológica informou que todos os alunos e o professor fizeram testes rápidos (sífilis, hepatite B, hepatite C e HIV) e sorologias complementares, com resultados negativos até o momento, garantiu a polícia.
Embora não tenha havido dano aparente, o professor foi indiciado pela criação de uma situação de perigo. “A utilização da mesma lanceta em vários alunos, sem a devida esterilização, configura um risco real e imediato de contaminação”, afirmou o delegado Guilherme Ebbehard Soares.
A autoridade policial considerou que a materialidade e a autoria do crime estão satisfatoriamente demonstradas. Após as análises, o inquérito policial foi encaminhado ao Poder Judiciário e ao Ministério Público.
Em supervisão de Carolina Figueiredo.
Fonte por: CNN Brasil
Autor(a):
Ambientalista desde sempre, Bianca Lemos se dedica a reportagens que inspiram mudanças e conscientizam sobre as questões ambientais. Com uma abordagem sensível e dados bem fundamentados, seus textos chamam a atenção para a urgência do cuidado com o planeta.