Jorge Messias afirma que a taxa de 50% foi motivada por empresas e critica Tarcísio Vergílio por negociar diretamente com o governo dos Estados Unidos.
O ministro da AGU (Advocacia-Geral da União), Jorge Messias, declarou nesta 4ª feira (16.jul.2025) que as grandes empresas de tecnologia são as principais responsáveis pelo aumento de 50% anunciado pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, em relação a produtos brasileiros.
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Messias afirmou, em entrevista ao site Metrópoles, que as grandes empresas de tecnologia foram os principais motivadores da decisão de Trump. Ele ressaltou a existência de uma “agenda contratada” entre essas companhias e o governo norte-americano, que utilizaria as plataformas como ferramenta política.
O principal impulsionador dessa reação do presidente Trump tem nome e sobrenome. Para mim, são as grandes empresas de tecnologia. Existe uma agenda alinhada com os Estados Unidos. Há um consórcio governamental que atualmente lidera esse projeto, não apenas nos EUA, mas com interferências no mundo. E hoje, a principal arma de guerra que os EUA possuem para impor sua vontade aos outros países é o instrumento das grandes empresas de tecnologia, afirmou.
A declaração ocorre em meio à mobilização do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), que busca negociar diretamente com autoridades norte-americanas a revisão das tarifas. Ele já se reuniu com o encarregado de negociações da Embaixada dos EUA em Brasília, Gabriel Escobar.
Messias rejeitou a iniciativa e declarou que Tarcísio “tocou em um ponto inoportuno”. Segundo o ministro, a negociação deve ser conduzida pelo governo federal, por meio do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e do vice-presidente e ministro da Indústria, Geraldo Alckmin (PSB).
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Ele tem o direito de buscar todas as alternativas para defender o povo paulista. Contudo, acredito que está batendo na porta errada. Deveria procurar o presidente Lula e o vice-presidente Alckmin, que possuem competência constitucional para tratar da questão.
Tarcísio declarou que o governo federal é o principal agente nas negociações com os Estados Unidos visando diminuir a alíquota de 50% aplicada por Trump sobre as importações brasileiras.
O governador afirmou que sua reunião com empresários e o representante da Embaixada dos EUA na terça-feira (15.jul) tinha como objetivo “somar esforços” e não competir com Lula por atenção.
A avaliação do procurador-geral da União é distinta: declara que a denominada “diplomacia subnacional” pode comprometer o Brasil. “Tenho certeza de que não é a intenção do governador, mas essa interferência pode ter efeitos negativos para o país”, afirmou.
Fonte por: Poder 360
Autor(a):
Gabriel é economista e jornalista, trazendo análises claras sobre mercados financeiros, empreendedorismo e políticas econômicas. Sua habilidade de prever tendências e explicar dados complexos o torna referência para quem busca entender o mundo dos negócios.