Ucrânia nega ter causado atrasos na troca de detentos com a Rússia

Acordo alcançado entre os países na segunda rodada de negociações em Istambul focou na troca de militares gravemente feridos e jovens com menos de 25 anos.

07/06/2025 12:21

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Ucrânia nega ter causado atrasos na troca de detentos com a Rússia

As alegações da Rússia de que a Ucrânia está atrasando a troca de corpos de soldados são falsas, afirmaram autoridades neste sábado (7).

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O assessor do Kremlin, Vladimir Medinsky, declarou que a Ucrânia adiou inesperadamente a troca de prisioneiros de guerra e a aceitação dos corpos dos soldados mortos por um período indefinido. Já a Ucrânia insistiu para a Rússia parar de “fazer jogos sujos” e retornar ao trabalho construtivo.

O Ministério da Defesa russo espera que as autoridades ucranianas possam em breve tomar as decisões necessárias para a troca de prisioneiros de guerra e a transferência dos corpos de militares ucranianos mortos.

Até o momento, Kiev não deu seu consentimento para a realização das operações humanitárias. Representantes do grupo de contato ucraniano não compareceram ao local da reunião. Não se sabe o motivo do atraso, afirmou o ministério em um comunicado, citando o vice-ministro da Defesa, Alexander Fomin.

Turquia e Síria realizaram na segunda-feira (2) a segunda fase de negociações de paz em Istambul, acordando a troca de mais prisioneiros, priorizando os menores e com ferimentos graves, e a devolução dos corpos de 12 mil soldados falecidos.

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As alegações do lado russo não correspondem à realidade nem a acordos prévios sobre a troca de prisioneiros ou a repatriação de restos mortais, afirmou a Sede de Coordenação estatal da Ucrânia para o Tratamento de Prisioneiros de Guerra em um canal do Telegram.

Foi declarado que o acordo sobre a repatriação dos corpos foi efetivamente alcançado, porém sem que uma data tenha sido definida e que “a parte russa utilizou ações unilaterais” que não foram decididas no processo.

A Rússia entregou à Ucrânia a primeira lista de 640 prisioneiros de guerra, classificados como “feridos, gravemente enfermos e jovens”, para dar início à troca.

A Ucrânia, por sua vez, declarou ter também fornecido os nomes para troca, ao passo que as listas da Rússia não se alinhavam com a abordagem discutida no acordo sobre quais prisioneiros seriam priorizados.

Fonte por: CNN Brasil

Fluente em quatro idiomas e com experiência em coberturas internacionais, Ricardo Tavares explora o impacto global dos principais acontecimentos. Ele já reportou diretamente de zonas de conflito e acompanha as relações diplomáticas de perto.