Trump x Epstein: O que você precisa saber sobre o caso nesta quinta (24)
Advogados do Departamento de Justiça se reúnem com ex-parceira e colaboradora de magnata.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, tem enfrentado dificuldades para controlar as reações negativas à decisão do governo de não divulgar mais documentos referentes ao escândalo de abuso sexual do magnata Jeffrey Epstein.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
A declaração provocou indignação em uma parcela da base do movimento MAGA (Make America Great Again) e gerou um desentendimento entre o presidente e alguns de seus seguidores mais entusiastas.
A Casa Branca criticou o foco nos arquivos do caso Epstein, alegando que isso desvia a atenção das realizações do governo e auxilia os democratas nos seus esforços para macular o presidente.
Leia também:

Lula convida Trump para jogar baralho

Agência da ONU descreve moradores de Gaza como “cadáveres ambulantes”

EUA e China trocaram acusações sobre a guerra na Ucrânia durante uma reunião da ONU
Trump citado em documentos
Ao informar Trump em maio sobre a revisão do Departamento de Justiça dos documentos relacionados ao caso Jeffrey Epstein, a procuradora-geral Pam Bondi alertou que seu nome constava nos arquivos, segundo relataram à CNN fontes.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
Testemunhas com conhecimento da revisão indicaram que os arquivos continham diversas alegações infundadas que o Departamento de Justiça considerou não serem confiáveis, incluindo aquelas referentes a Trump. Não ficou explícito em que circunstância o nome de Trump apareceu nos documentos.
Em Casa Branca, representantes expressaram forte insatisfação com o fato de Bondi não ter removido o nome de Trump de materiais públicos presentes nas pastas de Epstein divulgadas a influenciadores em fevereiro. Sua omissão na proteção do presidente durante o ocorrido continua sendo um ponto de divergência entre o Departamento de Justiça e a Casa Branca.
A pressão na Câmara
Em um movimento inesperado, uma comissão de Supervisão da Câmara votou para solicitar ao Departamento de Justiça a disponibilização dos arquivos referentes a Epstein.
A votação de quarta-feira (23) representou um confronto de alguns republicanos com o presidente da Câmara, Mike Johnson – que busca limitar a pressão pela divulgação dos documentos.
O Departamento de Justiça deve disponibilizar os arquivos de Epstein, após sua posse, ao Congresso, sem revelar os nomes das vítimas. Além disso, exige-se o compartilhamento de comunicações entre ex-funcionários de Joe Biden e o Departamento de Justiça referentes ao caso Epstein, bem como depoimentos de figuras relevantes, como Bill e Hillary Clinton e o ex-diretor do FBI, James Comey.
Reunião com cúmplice de Epstein
O procurador-geral adjunto Todd Blanche deve visitar Ghislaine Maxwell nesta quinta-feira (24). Maxwell é ex-namorada de Epstein e foi condenada por envolvimento em um esquema para atrair e abusar sexualmente de menores.
A reunião se segue o anúncio, no início desta semana, do Departamento de Justiça que houve contato com a ex-namorada de Epstein. O procurador-geral adjunto declarou na terça-feira (22) que “se Ghislane Maxwell tiver informações sobre alguém que cometeu crimes contra vítimas, o FBI e o Departamento de Justiça ouvirão o que ela tem a dizer”.
Fonte por: CNN Brasil
Autor(a):
Ricardo Tavares
Fluente em quatro idiomas e com experiência em coberturas internacionais, Ricardo Tavares explora o impacto global dos principais acontecimentos. Ele já reportou diretamente de zonas de conflito e acompanha as relações diplomáticas de perto.