O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que tem sido crítico do diretor do Federal Reserve, Jerome Powell, visitará o banco central nesta quinta-feira (24), anunciou a Casa Branca, uma ação inesperada que intensifica a tensão entre o governo e a autoridade monetária.

Trump tem criticado Powell consistentemente por não adotar uma postura mais firme na diminuição das taxas de juros nos Estados Unidos, apelidando-o de “idiota” na terça-feira e manifestando abertamente o seu desejo de sua demissão.

O presidente nomeou Powell para chefiar o banco em seu primeiro período, contudo, desde então tem lamentado a decisão, em razão de discordâncias acerca das taxas de juros e da economia. Durante os mandatos de Trump, o presidente Joe Biden designou Powell para um segundo mandato.

A administração Biden acusa o Federal Reserve de má administração na reforma de dois edifícios históricos em Washington, levantando suspeitas de supervisão inadequada e possível fraude.

O assessor financeiro da Casa Branca, Russell Vought, avaliou o custo adicional em “US$ 700 milhões e contando”.

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O assessor especial da Casa Branca, James Blair, declarou nesta semana que representantes do governo agendaram uma reunião com o Fed, embora não tenha confirmado a presença do presidente.

A Casa Branca anunciou, em comunicado à imprensa na quarta-feira, que Donald Trump visitará o Fed às 17h (horário de Brasília) desta quinta-feira, sem especificar se o presidente terá encontro com Powell.

Uma autoridade do Fed não emitiu resposta a uma solicitação de parecer.

Os comentários públicos de Trump sobre Powell e o alusivo flerte com sua demissão já haviam afetado os mercados e colocado em risco uma das principais bases do sistema financeiro global – a autonomia dos bancos centrais em relação a interferências políticas.

O secretário do Tesouro, Scott Bessent, afirmou na quarta-feira que o governo não tem pressa para nomear um novo presidente para substituir Powell, cujo mandato como diretor do banco central expira em maio de 2026.

Bessent afirmou que o governo provavelmente divulgará um substituto em dezembro ou janeiro.

Geralmente, os presidentes dos EUA evitam comentar sobre a política monetária do Fed, em respeito à autonomia do banco, porém Trump não tem seguido esse exemplo.

Trump afirma que preferiria que o Fed reduzisse a taxa de juros até 1% em relação à faixa atual de 4,25% a 4,50%, visando diminuir os custos de empréstimos do governo. Isso possibilitaria que o governo financiasse os déficits crescentes projetados em sua proposta de cortes de impostos.

Nenhum dos 19 membros do Fed acredita que as taxas de juros cairão tão baixo quanto Trump gostaria. Suas projeções mais recentes, divulgadas no mês passado, indicaram que a maioria espera que a taxa permaneça acima da faixa de 3,25% a 3,50% até o fim do próximo ano.

O Comitê de Política Monetária se reunirá na semana seguinte e estima-se que mantenha a taxa básica de juros em seu patamar corrente. Mercadores preveem que o Banco Central retome o corte das taxas em setembro.

Fonte por: CNN Brasil