A decisão de Donald Trump de suspender a Lei Magnitsky contra Alexandre de Moraes revela a prioridade dos EUA na Venezuela, segundo Thiago de Aragão.
A abordagem do governo de Donald Trump em relação ao Brasil e sua decisão, nesta sexta-feira (12), de suspender a aplicação da Lei Magnitsky contra o ministro Alexandre de Moraes, do STF, estão intimamente ligadas à situação da Venezuela. Essa análise foi feita por Thiago de Aragão, CEO da Arko Advice Internacional, durante o WW.
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Aragão destacou que as prioridades de Trump tendem a ser de curto prazo e mudam rapidamente. “No que diz respeito a essa questão, para Trump, a única coisa que realmente importa abaixo do México é a Venezuela”, afirmou o especialista. Ele ressaltou que o Brasil desempenha um papel crucial nesse contexto, podendo tanto apoiar quanto não atrapalhar ações relacionadas à Venezuela.
De acordo com Thiago de Aragão, a decisão de Trump surpreendeu até mesmo os defensores da dosimetria, como o deputado federal, pois ocorreu antes da conclusão do projeto no Senado e da possível sanção presidencial. Aragão observou que a retirada da aplicação da Lei Magnitsky seria precipitada se estivesse apenas ligada à dosimetria, já que o projeto ainda não foi finalizado no Congresso.
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Na visão do analista, essa ação demonstra que os interesses dos Estados Unidos na região estão mais voltados para a situação política da Venezuela do que para questões internas do Brasil.
Autor(a):
Marcos Oliveira é um veterano na cobertura política, com mais de 15 anos de atuação em veículos renomados. Formado pela Universidade de Brasília, ele se especializou em análise política e jornalismo investigativo. Marcos é reconhecido por suas reportagens incisivas e comprometidas com a verdade.