Trump se posiciona como “bastião da paz”, analisa professor Alexandre Coelho sobre Israel e reféns

Alexandre Coelho, professor de Relações Internacionais da FESPSP, avalia a postura de Trump em Israel nas negociações de cessar-fogo e libertação de reféns.

13/10/2025 8:04

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(Imagem de reprodução da internet).

A postura de Donald Trump em conflitos mundiais

A postura de Donald Trump em relação aos conflitos globais demonstra uma estratégia calculada de se posicionar como mediador da paz, segundo análise do professor de Relações Internacionais da FESPSP, Alexandre Coelho, em entrevista à CNN. Essa avaliação surge em um momento crítico das negociações entre Israel e Hamas, com o processo de libertação de reféns em andamento.

O especialista ressalta que o plano para o cessar-fogo e a troca de reféns por prisioneiros palestinos tem avançado conforme o esperado. “O componente político é o que vai dar suporte e toda a fundamentação para os próximos passos, que são tecnocráticos”, afirma. Além disso, a presença de Trump em Israel e sua visita programada ao Egito evidenciam uma pressão política significativa para a criação de um plano de paz mais duradouro na região.

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Cenário político complexo

A análise revela uma dinâmica política complexa, envolvendo diversos atores regionais. O papel do Qatar e do Egito é considerado fundamental nas negociações, enquanto a posição de outros países árabes, como Arábia Saudita e Emirados Árabes Unidos, também é crucial para o êxito das próximas etapas do acordo.

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Coelho observa que, “do ponto de vista externo, das relações internacionais, Trump busca ser um bastião da paz. Tentou em relação à Ucrânia e agora está obtendo sucesso com o cessar-fogo no conflito entre Israel e Hamas”. Essa estratégia política pode impactar positivamente seu eleitorado, que o elegeu com a promessa de reduzir, e não aumentar, conflitos militares. No entanto, há um contraste em sua atuação, pois mantém uma postura mais firme em questões internas nos Estados Unidos, incluindo acusações de cerceamento da liberdade de expressão.

O especialista também enfatiza a importância da cooperação internacional e da pressão política externa sobre Israel e Hamas. Qualquer falha na comunicação entre os atores árabes e o mundo muçulmano pode prejudicar significativamente o progresso das negociações e a implementação das próximas fases do acordo de paz.

Autor(a):

Com formação em Jornalismo e especialização em Saúde Pública, Lara Campos é a voz por trás de matérias que descomplicam temas médicos e promovem o bem-estar. Ela colabora com especialistas para garantir informações confiáveis e práticas para os leitores.