Trump sancionou atletas em diversas ocasiões nos EUA

A aplicação da Lei Magnitsky contra Alexandre de Moraes, ministro do STF, nesta quarta-feira (30), reacendeu discussões sobre a dificuldade de entrada de turistas de outras nacionalidades nos Estados Unidos. O ministro, que também teve o visto para entrar no país revogado neste mês, agora enfrenta sanções econômicas.

Desde seu retorno à presidência dos EUA, Donald Trump promoveu alterações e restrições na entrada ao país. Essas mudanças já chegaram também ao esporte, afetando atletas e competições.

Lembre-se dos seguintes casos de atletas suspensos nos Estados Unidos.

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Hugo Calderano

O incidente mais recente, que impactou diretamente um atleta brasileiro, envolveu Hugo Calderano. O destaque do tênis de mesa brasileiro não participou do WTT Grand Smash nos Estados Unidos devido a questões burocráticas relacionadas à obtenção do visto para ingressar no país.

Com passaporte português, Hugo deveria ter autorização eletrônica (ESTA) para entrar nos EUA, sem a necessidade de visto. Contudo, após consultar a Alfândega e Proteção de Fronteiras (CPB), o atleta percebeu que não poderia obter a isenção devido a uma viagem realizada a Cuba em 2023.

A viagem foi motivada pelo Campeonato Pan-Americano e pelo evento de qualificação para os Jogos Olímpicos de Paris-2024. A Alfândega dos EUA comunicou que, desde então, ele perdeu o status de elegibilidade para o programa.

Hugo buscou apoio da Associação de Tênis de Mesa dos Estados Unidos (USATT) e do Comitê Olímpico e Paralímpico dos Estados Unidos (USOPC) para conseguir um visto emergencial, porém não conseguiu marcar a entrevista consular a tempo de participar no Grand Smash.

Seleção Cubana de Voleibol

A equipe feminina de vôlei de Cuba não participou do Norceca Final Four, um torneio classificatório para os Jogos Centro-Americanos e do Caribe, que ocorreu em julho, no Porto Rico, devido à negativa de vistos pela Embaixada dos Estados Unidos.

A Federação Cubana de Voleibol (FCV) comunicou que 16 pedidos de visto foram recusados (para 12 jogadoras, dois membros da comissão técnica, um árbitro e um gerente de equipe), o que impediu a entrada das atletas na ilha. Dada a natureza da competição sediada em Porto Rico, que está sob jurisdição dos Estados Unidos, os integrantes da delegação cubana necessitam de visto americano para participar.

O governo dos Estados Unidos não manifestou o motivo da recusa dos vistos, justificando a necessidade de confidencialidade nos procedimentos de concessão de vistos.

Seleção de basquete do Senegal

A equipe feminina de basquete do Senegal cancelou um período de treinamento nos Estados Unidos após a negativa de vistos para alguns de seus integrantes.

O Primeiro-Ministro senegalês Ousmane Sonko escreveu no Facebook que o campo de treinamento de 10 dias, que estava previsto para ocorrer em uma universidade nos EUA entre 22 de junho e 3 de julho, foi transferido para a capital do Senegal, Dakar, “um ambiente soberano propício ao desempenho de nossas atletas” após “várias” jogadoras terem seus vistos negados.

Lutador é deportado.

O pugilista mexicano Julio César Chávez Jr. foi detido por agentes de imigração dos Estados Unidos e deportado do país.

De acordo com o Departamento de Segurança Interna (DHS), na sigla em inglês, Chávez Jr. possui um mandado de prisão pendente no México, devido à suposta envolvimento em organizações criminosas e no tráfico de armas, munições e explosivos.

A Procuradoria-Geral da República do México confirmou que “Julio C.”, apreendido em Los Angeles, possui um mandado de prisão no México desde 2023, relacionado ao tráfico de armas e crime organizado.

Descubra a norma que impediu a entrada de Hugo Calderano nos Estados Unidos.

Fonte por: CNN Brasil