Trump propõe plano de paz para Gaza com libertação de reféns em 48h
Hamas ainda não confirmou recebimento do plano, que passou por revisões recentes e pode sofrer alterações.
Plano de Paz de Trump para Gaza: Detalhes e Reações
O governo de Donald Trump apresentou um plano de paz para a Faixa de Gaza, composto por 21 pontos. A proposta envolve a libertação imediata de todos os reféns israelenses em até 48 horas após a assinatura do acordo, em troca de uma retirada gradual das tropas israelenses da região.
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A fonte, familiarizada com a proposta, informa que o plano foi compartilhado com líderes árabes no início da semana. No entanto, ainda não está claro se o Hamas já recebeu o documento, que pode ter sofrido revisões recentes e ainda estar sujeito a ajustes. A negociação provavelmente será conduzida pelo Catar, através de sua equipe de negociação em Doha.
Reações e Otimismo
O presidente Donald Trump expressou otimismo quanto à resolução do conflito, afirmando que estão “muito próximos” de um acordo. Por outro lado, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, declarou que continuará a guerra até a destruição do Hamas.
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Os líderes árabes, em geral, demonstraram favorabilidade à proposta, embora reconheçam que ela não é perfeita. O principal desejo é o fim do conflito o mais rápido possível.
Detalhes do Plano
A proposta não define um cronograma específico para a retirada das forças israelenses. O texto garante que Israel não atacará o Catar novamente. Além disso, o plano impede o deslocamento forçado de civis em Gaza.
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O Hamas não terá nenhum papel futuro no governo de Gaza. O plano prevê dois níveis de governança interina: um organismo internacional de supervisão e um comitê palestino. Não há prazo definido para que esse governo interino transfira o poder para a Autoridade Palestina.
A proposta contempla um papel das Nações Unidas no apoio humanitário, mas não menciona a Fundação Humanitária de Gaza. O plano não afirma que os EUA apoiarão a criação de um Estado palestino, apenas reconhece que essa é uma aspiração do povo palestino.
Contexto do Conflito
A guerra na Faixa de Gaza começou em 7 de outubro de 2023, após um ataque terrorista do Hamas contra Israel. Combatentes do grupo radical palestino mataram 1.200 pessoas e sequestraram 251 reféns.
Em resposta, tropas israelenses iniciaram uma grande ofensiva com bombardeios e operações terrestres para recuperar os reféns e desmantelar o comando do Hamas. Os combates resultaram na devastação do território palestino e no deslocamento de aproximadamente 1,9 milhão de pessoas, representando mais de 80% da população total da Faixa de Gaza, segundo a UNRWA.
Desde o início da guerra, pelo menos 65 mil palestinos foram mortos, segundo o Ministério da Saúde de Gaza. O ministério, controlado pelo Hamas, não distingue entre civis e combatentes na contagem, mas afirma que mais da metade dos mortos são mulheres e crianças. Israel afirma que pelo menos 20 mil são combatentes do grupo radical.
Parte dos reféns foi recuperada por meio de acordos de cessar-fogo, enquanto uma minoria foi resgatada por meio de ações militares. Autoridades estimam que cerca de 50 reféns ainda estejam em Gaza, sendo que aproximadamente 20 deles estariam vivos.
Enquanto a guerra continua, a situação humanitária se agrava a cada dia no território palestino, com fome generalizada devido à falta de acesso à assistência. Israel afirma que a guerra pode parar assim que o Hamas se render, enquanto o grupo radical exige melhorias na situação em Gaza para que o diálogo seja retomado.
Autor(a):
Lara Campos
Com formação em Jornalismo e especialização em Saúde Pública, Lara Campos é a voz por trás de matérias que descomplicam temas médicos e promovem o bem-estar. Ela colabora com especialistas para garantir informações confiáveis e práticas para os leitores.












