O presidente americano, Donald Trump, afirmou nesta quarta-feira (16) que não pretende demitir o presidente do Federal Reserve (Fed, banco central dos Estados Unidos), Jerome Powell, mas não descarta essa possibilidade. “Ele faz um trabalho terrível, mas não, não estou falando isso”, respondeu o presidente. “Não descarto nada, mas acho pouco provável”, acrescentou.
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Republicano disse, no entanto, que a mudança no comando da instituição “acontecerá nos próximos oito meses”.
Donald Trump acusa Powell de não ter utilizado adequadamente os recursos destinados à reforma e modernização das agências do Federal Reserve em Washington, obras que já custaram US$ 2,5 bilhões (R$ 13,92 bilhões), conforme informações do Escritório de Gestão e Orçamento da Casa Branca. “Não imaginei que gastaria US$ 2,5 bilhões em uma pequena ampliação do Fed”, declarou ao repórteres na Casa Branca. “Isso é motivo para demissão?”, acrescentou anteriormente.
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Trump critica Powell há vários meses por resistir à redução das taxas básicas de juros. Ele o chama de “Sr. Tarde Demais” ou “cabeça oca”, entre outros apelidos.
Na terça-feira (15), pediu ao Fed que reduzisse suas taxas de juros, atualmente entre 4,25% e 4,50%, em três pontos percentuais.
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Trump, em reunião com o príncipe herdeiro do Bahrein, Salman bin Hamad bin Isa al-Khalifa, na Sala Oval da Casa Branca, afirmou que Powell “sempre foi atrasado” nas decisões e “deveria ter cortado os juros há muito tempo”. “Ele cortou os juros para ajudar os democratas. Powell é terrível, já perdemos muitos dólares”, acrescentou. Também disse que “muitas pessoas querem o emprego de Powell, já me ligaram implorando para terem o trabalho”.
A inflação atingiu 2,7% em junho, distante da meta de 2% do banco central americano. O Fed manteve suas taxas de juros inalteradas desde o início do ano, em razão da persistência da inflação.
Com informações da AFP e do Estadão Conteúdo.
Publicado por Nótaly Tenório
Fonte por: Jovem Pan
