Trump liga falta de Tylenol em Cuba a ausência de autismo

Trump Levanta Questionamentos Sobre Tylenol e Autismo em Cuba

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, expressou dúvidas sobre a segurança do uso de Tylenol durante a gravidez, sugerindo uma possível ligação com o risco de autismo em crianças. Em declarações feitas na segunda-feira (22), Trump mencionou rumores de que Cuba não registra casos significativos de autismo.

“Quero dizer, há um boato — e não sei se é verdade ou não — de que em Cuba não têm Tylenol porque não têm dinheiro para Tylenol. E que praticamente não têm autismo, certo? Me contem sobre isso”, disse o líder americano.

Resposta de Cuba e Tratamentos Especializados

Apesar da alegação de Trump, o autismo é reconhecido e tratado em Cuba. O sistema médico estatal da ilha opera clínicas para o tratamento de pacientes com autismo e realiza campanhas de conscientização sobre o transtorno neurológico do desenvolvimento.

Cuba oferece terapias especializadas, como a interação com golfinhos, para estrangeiros que buscam tratamento e podem pagar com a moeda forte. A ilha também possui profissionais de saúde especializados em autismo, trabalhando em centros dedicados ao tratamento de pacientes desde 2018.

Dados e Reação da OMS

Embora Cuba apresente uma incidência menor de autismo em comparação com países desenvolvidos (0,36 casos a cada 10 mil pessoas), os profissionais de saúde da ilha reconhecem a importância de oferecer suporte especializado. A Organização Mundial da Saúde (OMS) alerta que a prevalência do autismo em países de baixa e média renda é frequentemente desconhecida.

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A OMS rebate as declarações de Trump, afirmando que as evidências de uma relação entre o uso de paracetamol (princípio ativo do Tylenol) e o autismo são inconsistentes. Tarik Jasarevic, porta-voz da OMS, enfatizou que essa é uma questão científica que não deve ser questionada.