Autoridade Ampliada dos EUA na Venezuela
A partir desta segunda-feira (22), a administração Trump poderá ter uma autoridade ampliada para agir na Venezuela. Isso ocorre após os Estados Unidos classificarem o ditador venezuelano, Nicolás Maduro, e seus aliados como membros de uma organização terrorista estrangeira.
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Essa designação, segundo especialistas, é mais uma descrição de funcionários corruptos do governo do que um grupo criminoso organizado.
Com essa classificação, o presidente Donald Trump poderá impor novas sanções, focando nos ativos e na infraestrutura de Maduro. Contudo, especialistas jurídicos alertam que isso não autoriza explicitamente o uso de força letal. Apesar disso, autoridades da administração argumentam que essa designação, uma das mais sérias do Departamento de Estado, oferece opções militares ampliadas para ações dentro da Venezuela.
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Contexto Militar e Opinião Pública
O termo “Cartel de los Soles” refere-se a uma rede descentralizada de grupos dentro das forças armadas venezuelanas envolvidos no tráfico de drogas. Maduro sempre negou qualquer envolvimento pessoal e seu governo refuta a existência desse cartel, que é considerado real por alguns especialistas.
A designação foi anunciada em 16 de novembro, enquanto os militares dos Estados Unidos concentraram mais de uma dúzia de navios de guerra e 15 mil tropas na região, como parte de uma campanha antidrogas. Trump recebeu informações sobre várias opções de ação, incluindo ataques a instalações militares e operações especiais, embora a opção de não agir também permaneça.
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Uma pesquisa da CBS News/YouGov revelou que 70% dos americanos se opõem a uma ação militar na Venezuela, enquanto 30% são favoráveis. Além disso, 76% dos entrevistados afirmam que a administração Trump não explicou claramente sua posição sobre uma possível ação militar.
Possíveis Conversas e Tensão Militar
Oficialmente, a Casa Branca afirma que está trabalhando para reduzir os fluxos ilegais de migrantes e drogas, embora a mudança de regime possa ser um efeito colateral desses esforços. Trump acredita que a pressão pode ser suficiente para forçar Maduro a renunciar sem a necessidade de ação militar direta.
Recentemente, o presidente americano demonstrou abertura para uma resolução diplomática, mencionando que Maduro “gostaria de conversar”. A Casa Branca não se manifestou sobre o status de uma possível conversa entre Trump e Maduro.
Em um aumento das tensões, os EUA realizaram na quinta-feira (20) uma grande demonstração militar próxima à Venezuela, com pelo menos seis aeronaves americanas sobrevoando a região. Isso ocorreu após a Administração Federal de Aviação dos EUA alertar companhias aéreas sobre uma “situação potencialmente perigosa” ao sobrevoar o país.
