Relação EUA-China e Tarifas
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, estendeu por 90 dias a suspensão de tarifas com a China, momentos antes de sua validade expirar, relataram os veículos de comunicação norte-americanos na segunda-feira, 11.
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A disputa com a China tem sido um objetivo prioritário de Washington desde o início do governo de Trump (2017-2021).
O vice-presidente, Joe Biden, continuou com a pressão, e Trump a acirrou desde que reassumiu o cargo em 20 de janeiro.
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Sob a alegação de combater o tráfico de fentanil, Trump implementou uma tarifa de 10%, acrescente à já existente antes de 1º de janeiro. Ele também introduziu uma taxa de 20% denominada “recíproca” no início de abril.
Contudo, em resposta às contra-medidas da China, as duas grandes potências mundiais promoveram uma escalada que resultou em incrementos tarifários de até 125% sobre produtos americanos e 145% sobre produtos chineses, antes de um acordo ser firmado em maio, em Genebra, para estabelecer 10% e 30%, respectivamente.
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Desde então, delegações dos Estados Unidos e da China se reuniram em Londres e Estocolmo para evitar uma escalada maior e manter a tregua, que expira em 12 de agosto.
De acordo com a CNBC, canal de televisão especializado na economia dos EUA, e o Wall Street Journal, que citam uma fonte anônima da Casa Branca, Trump assinou um decreto que estende a trégua por 90 dias.
A Casa Branca ainda não respondeu às perguntas da AFP.
Veremos o que acontece. (…) A relação entre o presidente Xi [Jinping] e eu é muito boa, declarou Trump horas antes em uma coletiva de imprensa.
A China espera um resultado “positivo” das negociações com Washington.
Esperamos que os Estados Unidos cooperem com a China para respeitar o importante consenso atingido durante a conversa telefônica entre os dois chefes de Estado e se empenhem em alcançar resultados positivos com base na igualdade, no respeito mútuo e no benefício mútuo.
O representante comercial dos Estados Unidos, Jamieson Greer, afirmou, após as negociações na Suécia, que Donald Trump teria a “última palavra” sobre qualquer extensão da trégua.
Compras de Soja
Nos últimos dias, Trump parecia buscar concessões de última hora.
Domingo à noite, ele publicou uma mensagem em sua plataforma Truth Social pedindo à China para “quadruplicar suas compras de soja americana”.
A China está preocupada com a falta de soja. Ele afirmou que isso reduziria significativamente o déficit comercial dos Estados Unidos com a China, devido a um aumento das importações chinesas.
Ele concluiu a mensagem com: “Obrigado, presidente Xi”.
Ao retornar à Casa Branca, Trump lidera uma ofensiva tarifária, com impostos adicionais sobre diversos produtos que entram nos Estados Unidos.
As taxas variam de 10% a 50% para produtos originários do Brasil, incluindo as aplicadas a setores específicos como automóveis, aço, alumínio ou cobre.
O presidente também ameaça aplicar novos impostos aos setores de semicondutores e produtos farmacêuticos.
Um documento, divulgado na última sexta-feira, datado de 31 de julho, declarou que os lingotes de ouro de um quilograma e de 100 onças foram considerados passíveis de tarifas. Os investidores tinham a crença de que estavam isentos.
Isso provocou um aumento acentuado no valor do ouro durante o fim de semana.
Trump esclareceu o ocorrido nesta segunda-feira. “O ouro não será sujeito a tarifas!”, escreveu em sua plataforma Truth Social, sem dar detalhes.
Fonte por: Carta Capital