Trump encerra negociações comerciais com o Canadá
Na noite de quinta-feira (24), o presidente dos EUA, Donald Trump, anunciou o fim de todas as negociações comerciais com o Canadá. Ele acusou o país de usar uma “propaganda fraudulenta” ao veicular um suposto anúncio do ex-presidente Ronald Reagan que falava negativamente sobre tarifas.
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Trump já havia imposto tarifas sobre aço, alumínio e automóveis canadenses no início deste ano, levando Ottawa a adotar medidas semelhantes. As negociações entre os dois países estavam em andamento há semanas, visando um possível acordo nos setores de aço e alumínio.
“Com base em seu comportamento flagrante, TODAS AS NEGOCIAÇÕES COMERCIAIS COM O CANADÁ ESTÃO ENCERRADAS”, escreveu Trump em sua plataforma Truth Social.
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Reação do governo canadense
O primeiro-ministro de Ontário, Doug Ford, comentou que o anúncio de sua província, que continha mensagens anti tarifárias, chamou a atenção de Trump. O anúncio apresentava Reagan criticando tarifas sobre produtos estrangeiros, alegando que elas resultavam em perda de empregos e guerras comerciais.
“Ouvi dizer que o presidente ouviu nosso anúncio. Tenho certeza de que ele não ficou muito feliz”, declarou Ford na terça-feira (21).
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A Fundação Presidencial Ronald Reagan emitiu um comunicado afirmando que o governo de Ontário usou “áudio e vídeo seletivos” de Reagan e que estava avaliando suas opções legais. A fundação destacou que o anúncio distorce o Discurso Presidencial de Rádio de Reagan, de 1987, e que não houve solicitação ou permissão para o uso dos comentários.
Impacto das tarifas e futuras negociações
Trump tem utilizado tarifas como uma ferramenta de pressão contra diversos países. Sua guerra comercial elevou as tarifas dos EUA aos níveis mais altos desde a década de 1930, e ele frequentemente ameaça impor novas tarifas, o que gera apreensão entre empresas e economistas.
O primeiro-ministro canadense, Mark Carney, afirmou que o Canadá não permitirá acesso injusto aos seus mercados caso as negociações comerciais com os EUA não avancem. No próximo ano, os três países, EUA, Canadá e México, devem revisar o acordo de livre comércio assinado em 2020.
