O encontro entre Donald Trump e Volodymyr Zelensky na Sala Oval da Casa Branca nesta segunda-feira, 18, não se assemelhou à última vez que estiveram juntos no local, em fevereiro.

Em vez da crítica anterior sobre o dedo apontado para o presidente americano e das acusações de que Zelensky era responsável por uma “terceira guerra mundial”, Trump ofereceu desta vez “muita ajuda” à Ucrânia, que há mais de três anos sofre ataques russos. E defendeu o apoio às negociações para um acordo de paz duradouro, em vez de um cessar-fogo imediato.

O presidente ucraniano, que foi criticado anteriormente por não agradecer à ajuda dos Estados Unidos, iniciou seu discurso com repetidos agradecimentos a Trump. Ressaltou que a Ucrânia espera uma garantia de que a Rússia não atacará caso negociem um acordo de paz, e solicitou um reforço específico que somente os Estados Unidos podem fornecer: sistemas de defesa aérea Patriot.

Trump não respondeu diretamente se os Estados Unidos estariam dispostos a enviar tropas à Ucrânia, mas declarou que auxiliaria os europeus na missão. “Também nos envolveremos”, afirmou.

Reunião trilateral?

Essas questões foram posteriormente debatidas com líderes europeus que se deslocaram em delegação a Washington para intensificar o apoio a Zelensky nas negociações de paz.

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Zelensky e Trump chegaram a um acordo de que as discussões sobre um possível armistício e questões territoriais seriam conduzidas em uma reunião que envolveria o presidente ucraniano e Vladimir Putin. O Kremlin, até então, não comentou sobre o tema.

“Se tudo correr bem hoje, teremos uma reunião trilateral… Acredito que teremos uma chance razoável de acabar com a guerra quando fizermos isso”, declarou Trump.

Ele acrescentou que espera que Putin libere mais de mil prisioneiros ucranianos, uma das demandas apresentadas por Zelensky.

A reunião de segunda-feira foi transmitida ao vivo, como a de fevereiro, porém com espaço para perguntas de veículos de imprensa selecionados pela Casa Branca. Trump forneceu respostas evasivas e evitou algumas perguntas, como se considerasse justo que a Ucrânia cedesse territórios ainda não tomados pela Rússia – uma das condições de Moscou apresentada.

Zelenski reiterou a necessidade de asseguramentos de segurança para a Ucrânia e mencionou que uma criança de 18 meses foi morta em um ataque russo contra alvos civis momentos antes da reunião.

Fonte por: Carta Capital