Trump e Xi Jinping se reúnem para discutir comércio e libertação de americanos detidos na China

Encontro entre Donald Trump e Xi Jinping foca em comércio e libertação de americanos detidos

Na quinta-feira, o presidente Donald Trump se encontrará com o líder chinês Xi Jinping, com o comércio como tema central. Contudo, essa reunião também representa uma chance de discutir a libertação de cidadãos americanos detidos na China.

Segundo a Foley Foundation, que defende reféns americanos e pessoas injustamente detidas no exterior, estima-se que cerca de 200 americanos estejam presos na China, mais do que em qualquer outro país. A maioria deles é de origem chinesa e foi detida sob alegações de ameaçar a “segurança nacional” da China.

Casos de Dawn Michelle Hunt e Nelson Wells Jr.

Um esforço crescente busca a libertação de dois americanos, Dawn Michelle Hunt e Nelson Wells Jr., que estão presos há mais de uma década após caírem em golpes. O Departamento de Estado já fez um pedido humanitário para a libertação deles.

No mês passado, um projeto de lei bipartidário foi apresentado na Câmara, visando aumentar os esforços diplomáticos para proteger americanos detidos na China. Parlamentares republicanos solicitaram que Trump abordasse esses casos nas negociações comerciais com Xi Jinping.

Condições de saúde e apelos familiares

Ambos os detentos enfrentam problemas de saúde e suas famílias temem que não sobrevivam por muito mais tempo na prisão. Tim Hunt, irmão de Dawn, descreveu um encontro recente com ela, ressaltando as mudanças em sua aparência e expressões faciais.

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Trump frequentemente afirma que a libertação de americanos detidos é uma de suas prioridades. Nas últimas semanas, o governo destacou o retorno de um executivo sino-americano e pediu a libertação de um líder cristão com filhos cidadãos americanos.

Critérios para detenções e desafios enfrentados

Quando americanos são detidos no exterior, seus casos são tratados pelo Escritório de Assuntos Consulares do Departamento de Estado. Se considerados injustos, podem ser designados como “detidos injustamente”, permitindo que um órgão governamental assuma o caso.

No entanto, algumas famílias afirmam que os critérios para essa designação são confusos e que muitos detentos, como Hunt e Wells Jr., não se qualificam. As famílias frequentemente se sentem perdidas em relação aos recursos disponíveis.

Campanha pública e possíveis avanços

No ano passado, as famílias de Hunt e Wells iniciaram uma campanha pública, buscando apoio em comissões do Congresso. A libertação de ambos poderia ser discutida em níveis altos do governo, dependendo do interesse e da visibilidade dos casos.

Michael Kovrig, ex-diplomata canadense que também foi detido, comentou que se Trump indicasse que a libertação de Hunt e Wells seria bem vista, isso poderia acelerar o processo. A libertação de um executivo do Wells Fargo foi mencionada como um exemplo de como a política dos EUA está mudando.

Compromisso do governo e perspectivas

O Departamento de Estado reafirmou seu compromisso em ajudar cidadãos americanos no exterior e está monitorando a situação de Hunt e Wells. Um porta-voz do Conselho de Segurança Nacional destacou que o presidente deseja que todos os americanos detidos retornem para casa.

Embora não houvesse planos de discutir esses casos na reunião de quinta-feira, especialistas acreditam que a China também teria interesse em evitar que cidadãos americanos morressem em suas prisões, o que não seria benéfico para o país.