As autoridades da Califórnia processaram o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, acusando-o de mobilizar “ilegalmente” a Guarda Nacional para reprimir os protestos contra as operações policiais contra imigrantes. O procurador-geral da Califórnia, Rob Bonta, junto com o governador Gavin Newsom, “processaram Donald Trump e solicitaram ao tribunal que anule a ação ilegal de federalizar a Guarda Nacional da Califórnia”, informou Bonta nesta segunda-feira em um comunicado. A medida “abusou da autoridade do governo federal e violou a Décima Emenda da Constituição”, acrescentou. “Ativar essas tropas para protestos que as forças da ordem locais confirmaram na época que estavam sob controle é profundamente injusto e uma falta de respeito ao seu serviço e sacrifício”, disse Bonta.
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O envio de tropas exige o consentimento de Newsom, e esta foi a primeira vez desde 1965 que um presidente dos Estados Unidos o fez “sem um pedido do governador do estado”. Alertou: “O governador da Califórnia sabe como mobilizar a Guarda Nacional quando necessário. Ele fez isso com os incêndios em Los Angeles e no verão de 2020 com alguns dos protestos na Califórnia. isso é algo que está dentro da jurisdição do governador Newsom. E ele não autorizou o uso da Guarda Nacional aqui, não a convocou”.
A Casa Branca e o governo Newsom entraram em conflito nas últimas horas em razão da decisão de Trump de enviar a Guarda Nacional para conter os protestos em Los Angeles contra as batidas policiais contra imigrantes. Tom Homan, responsável pela política de imigração da Casa Branca, declarou no domingo em uma entrevista que Newsom e a prefeita de Los Angeles, Karen Bass, os dois do Partido Democrata, poderiam ser presos. O governador respondeu com um desafiador “prenda-me”. O “czar da fronteira” esclareceu nesta segunda-feira que não há planos para prender o governador, mas advertiu que o governo Trump não tolerará que ninguém “dificulte a aplicação da lei”.
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Com informações da EFE. Publicado por Fernando Dias.
Fonte por: Jovem Pan
