Donald Trump fez na terça-feira (26) mais uma ameaça contundente: punir severamente países que ousem, de alguma forma, regular as grandes empresas de tecnologia. O Brasil é claramente um dos alvos dessas ameaças, assim como diversos países da União Europeia. Em resposta, o governo brasileiro organizou uma reunião ministerial, na qual todos os participantes usavam bonés idênticos com uma nova frase de marketing político — uma estratégia antiga que consiste em aproveitar os ataques de um inimigo externo para fortalecer a coesão interna.
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As declarações de Trump estão gerando impactos diversos, variando conforme o país afetado. Ele demonstra uma preferência particular por expor nações vulneráveis, com pouco ou nenhum poder de resposta, como ocorre no Brasil.
Trump tem se mostrado um benefício político-eleitoral para o presidente Lula (PT), que tem utilizado os ataques como combustível para fortalecer sua narrativa e expandir sua base de apoio. Reforça-se, assim, a progressão na escalada política.
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Contudo, quando o assunto trata das grandes empresas de tecnologia, a situação se torna significativamente mais complexa. Trump considera qualquer tentativa de regulação dessas empresas como um ataque direto aos interesses dos Estados Unidos. É justamente por isso que, no Brasil, o Executivo, o Legislativo e o Judiciário vêm atuando em conjunto, buscando uma resposta coordenada e soberana.
É possível imaginar um futuro em que figuras como Lula e Trump já não estejam mais em cena. Contudo, as questões profundas – de natureza econômica, política, jurídica e social – que envolvem a atuação das grandes plataformas digitais permanecem. Em um mundo cada vez mais dominado pelas tecnologias, sobretudo com os avanços da inteligência artificial, essas plataformas têm um poder descomunal. Por isso, o pior lugar possível para discutir tais temas é justamente o palanque político.
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Fonte por: CNN Brasil