Trump destitui chefe de estatísticas após dados sobre aumento do desemprego

O presidente republicano manifestou sua irritação diante dos dados que indicam um aumento discreto na taxa de desemprego.

01/08/2025 19:16

3 min de leitura

(Imagem de reprodução da internet).

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, determinou nesta sexta-feira 1º) o desligamento de uma empregada que ele acusa de alterar os números referentes ao emprego, após informações oficiais registrarem uma redução nas contratações.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Acabei de ser informado de que os números do emprego em nosso país estão sendo elaborados por uma pessoa designada por Biden, a doutora Erika McEntarfer, comissária de estatísticas trabalhistas, que falsificou os números do emprego antes das eleições para tentar aumentar as chances de vitória de Kamala Harris.

O presidente ordenou à sua equipe que demitisse essa pessoa designada politicamente por Biden IMEDIATAMENTE. Números importantes, como esse, devem ser justos e precisos, não podem ser manipulados com fins políticos.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

<h2 id="Aumento-do-desemprego“>Aumento do desemprego

Na manhã desta sexta, a divulgação do relatório mensal sobre o emprego causou surpresa, ao revelar um cenário mais negativo do que o esperado sobre o mercado de trabalho, em um momento em que especialistas preveem uma desaceleração devido à ofensiva tarifária de Trump.

Os Estados Unidos geraram 73 mil vagas de emprego em julho, conforme dados do Departamento do Trabalho. As projeções para maio e junho foram revisadas para 19 mil e 14 mil, as menores desde o início da pandemia de Covid-19. O total de empregos a menos é de 258 mil.

Leia também:

A taxa de desemprego subiu marginalmente, atingindo 4,2%, em comparação com 4,1% em junho.

id=”A-divergência-no-Fed”>A divergência no Fed

Os Estados Unidos declaram que a economia encontra-se em seu ponto mais elevado e desejam que o Federal Reserve (Fed, banco central) o sustente ainda mais com uma diminuição das taxas de juros.

Nesta semana, o Fed decidiu manter a taxa sem alterações pela quinta vez seguida, embora dois governadores tenham discordado dessa decisão. Michelle Bowman defendeu que um corte das taxas teria “protegido preventivamente” a economia e o mercado de trabalho, enquanto Christopher Waller considerou a postura do Fed “excessivamente cautelosa”.

Em meio à pressão, o banco anunciou que a governadora Adriana Kugler, indicada por Biden em 2023, vai renunciar na próxima semana e retornar à Universidade de Georgetown como professora.

Analistas ficaram surpresos com a extensão das revisões no relatório sobre o emprego, embora não tenham duvidado da validade dos novos dados.

Após a publicação do relatório, as expectativas dos investidores em relação às taxas de juros foram alteradas. Muitos agora acreditam em uma redução na reunião de setembro.

A economista Heather Long, do banco Navy Federal Credit Union, acredita que é imprescindível lidar com a incerteza. “Quanto mais a instabilidade das taxas de juros perdurar, maior a probabilidade de que esse cenário de pouca contratação leve a demissões”, alertou.

Para Jamie Cox, da Harris Financial Group, o presidente do Fed, Jerome Powell, irá se arrepender de ter mantido nesta semana a taxa inalterada.

Fonte por: Carta Capital

Autor(a):

Apaixonada por cinema, música e literatura, Júlia Mendes é formada em Jornalismo pela Universidade Federal de São Paulo. Com uma década de experiência, ela já entrevistou artistas de renome e cobriu grandes festivais internacionais. Quando não está escrevendo, Júlia é vista em mostras de cinema ou explorando novas bandas independentes.