Trump minimiza divulgação de fotos com Epstein

O presidente dos EUA, Donald Trump, desconsiderou a divulgação de novas imagens que o mostram ao lado de Jeffrey Epstein, afirmando que as fotos “não eram grande coisa”. Em declarações a repórteres na Casa Branca, nesta sexta-feira (12), Trump comentou: “Todo mundo conhecia esse homem.

Ele estava por toda Palm Beach. Ele tem fotos com todo mundo. Quer dizer, quase todo mundo… existem centenas e centenas de pessoas que têm fotos com ele.”

As imagens foram retiradas do acervo do falecido criminoso sexual condenado, Jeffrey Epstein, e surgem em um momento em que se aproxima o prazo para a divulgação de documentos relacionados ao financista. O presidente aparece em três das fotos que foram compartilhadas pelos democratas do Comitê de Supervisão da Câmara, que estão analisando mais de mil documentos.

Detalhes das fotos divulgadas

Uma das imagens em preto e branco mostra Trump sorrindo ao lado de várias mulheres, cujos rostos foram ocultados. Outra imagem apresenta o presidente em pé ao lado de Epstein, enquanto uma terceira, menos nítida, o retrata sentado ao lado de outra mulher, também com o rosto oculto.

Não está claro quando ou onde essas fotos foram tiradas.

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O caso Epstein tem sido um desafio político para Trump, especialmente porque ele tem promovido teorias da conspiração sobre o assunto entre seus apoiadores. Muitos eleitores acreditam que membros de seu governo encobriram os vínculos de Epstein com figuras influentes e ocultaram detalhes sobre sua morte, considerada suicídio, em uma prisão de Manhattan em 2019.

Reação do Departamento de Justiça e pesquisa de opinião

Em julho, o Departamento de Justiça declarou que não havia evidências que justificassem uma investigação sobre terceiros no caso e que não encontraram uma “lista de clientes” ou pessoas envolvidas em tráfico sexual, nem qualquer prova de que Epstein tivesse chantageado alguém.

Uma pesquisa da Reuters/Ipsos divulgada esta semana mostrou que apenas metade dos republicanos aprova a maneira como Trump lidou com o caso Epstein, um número consideravelmente abaixo de sua taxa de aprovação geral de 85% dentro do partido.

Trump e Epstein foram amigos durante os anos 1990 e início dos anos 2000, mas o presidente afirma ter cortado laços antes de Epstein se declarar culpado de acusações de prostituição. O líder republicano nega consistentemente ter conhecimento dos abusos e do tráfico sexual de menores cometidos por Epstein.