O ex-presidente Donald Trump anunciou uma tarifa de 100% sobre semicondutores produzidos fora dos Estados Unidos, buscando incentivar empresas a fabricarem chips no território norte-americano. A medida foi anunciada na Casa Branca, após a promessa pública do CEO da Apple, Tim Cook, de investir US$100 bilhões para expandir suas operações no país.
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De acordo com Trump, não haverá tarifa para empresas que produzirem ou adquirirem semicondutores nos Estados Unidos. “Aplicaremos uma tarifa de cerca de 100% sobre chips e semicondutores. Mas se você estiver fabricando nos Estados Unidos, não haverá cobrança”, declarou o ex-presidente, acompanhado de executivos do setor.
O impacto vai além da tecnologia.
A ação pode ter impactos em vários setores, incluindo automóveis, eletroeletrônicos, computadores e telefones celulares.
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O aumento nos custos de importação de chips pode elevar significativamente o preço final de produtos eletrônicos para o consumidor americano, o que suscita preocupações sobre um possível efeito inflacionário em cascata.
Trump afirmou que a meta é que os Estados Unidos passem a produzir “quase 50% dos chips do mundo em pouco tempo”, em contraposição a um cenário de dependência quase total de fábricas asiáticas.
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Apple, TSMC e Samsung: os segredos da pressão
A Apple iniciou o movimento de suas cadeias de suprimentos, prevendo a produção de mais de 19 bilhões de chips por meio da TSMC em Arizona, uma fábrica construída sob a égide da Lei CHIPS e Ciência, implementada durante o governo Biden. A TSMC declara que sua capacidade está totalmente alocada até 2027, o que restringe o acesso de novas empresas ao fornecimento local imediato.
Contudo, a Samsung está finalizando sua fábrica no Texas, porém enfrenta dificuldades de demanda. Informações apontam que a empresa teria adiado a conclusão do projeto devido à falta de clientes confirmados.
Tarifa pode alterar o equilíbrio comercial.
Apesar dos investimentos internos, a produção nacional ainda não é suficiente para atender à demanda dos Estados Unidos, sobretudo considerando a disputa por infraestrutura de inteligência artificial e a demanda contínua por componentes de uso diário.
A proposta de Trump apresenta um dilema para as empresas: elas podem produzir no país e evitar a tarifa, ou suportar os custos extras, que provavelmente serão repassados aos consumidores.
É necessário verificar como se dará a aplicação prática das isenções divulgadas. Atualmente, não ficou claro quantos chips uma empresa precisa produzir ou importar para ser elegível à isenção.
As maiores fabricantes de chips do mundo estão se estabelecendo nos Estados Unidos. Em breve, a produção de quase metade dos chips globais será realizada a partir do zero.
O resultado permanece incerto.
A busca por reforçar a indústria nacional de semicondutores ganha apoio de alguns segmentos do setor, contudo, persistem incertezas quanto à viabilidade de uma substituição em grande escala, principalmente no curto prazo.
Os consumidores podem perceber o efeito nos preços de produtos eletrônicos, e as empresas precisarão acelerar decisões estratégicas sobre a localização e a forma de instalação de suas fábricas.
Donald Trump declara ter tentado desunir a NVIDIA, porém não obteve sucesso.
Fonte por: Adrenaline