Relatório Fiscal do Governo Aponta Manutenção do Congelamento
A equipe econômica do governo divulgará nesta segunda-feira (21) o terceiro Relatório de Avaliação de Receitas e Despesas Primárias de 2025. O documento visa monitorar a trajetória fiscal e auxiliar na tomada de decisões sobre a execução do orçamento.
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A expectativa é de que o congelamento no orçamento permaneça em R$ 10,7 bilhões, um valor que representa apenas o bloqueio de gastos, sem a inclusão de novos contingenciamentos. Essa medida se baseia na dinâmica positiva das receitas.
Em julho, o último relatório havia zerado o contingenciamento, mantendo apenas o bloqueio de R$ 10,7 bilhões. O primeiro relatório do ano, divulgado em maio, apresentava um congelamento de R$ 31,3 bilhões, com R$ 20,7 bilhões contingenciados e R$ 10,6 bilhões bloqueados.
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Análise do Economista-Chefe
Segundo o economista-chefe da Warren Rena, Felipe Salto, o relatório não deve trazer surpresas. Ele acredita que o bloqueio atual de R$ 10,7 bilhões será mantido, sem a necessidade de novos congelamentos, devido à crescente arrecadação do governo.
Salto ressalta que a dinâmica das receitas permite que o governo evite anunciar medidas de ajuste adicionais, indicando uma situação fiscal favorável no momento.
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Projeções e Desafios para 2026
Para 2025, a meta fiscal permite um déficit de até R$ 31 bilhões, equivalente a 0,25% do PIB. As projeções da Warren Rena indicam um resultado negativo de R$ 72,2 bilhões, mas esse número inclui os precatórios que podem ser abatidos.
Sem os precatórios, o déficit deve ser de aproximadamente 0,22% do PIB, dentro da meta estabelecida. No entanto, Salto alerta para os desafios que se acumulam para 2026, mencionando a pendência da Lei Orçamentária Anual (LOA) e da Lei de Orçamento da Defesa (LDO) na avaliação do Congresso.
Contexto Econômico
O Brasil enfrenta a segunda maior taxa de juro real no mundo, impulsionada pela alta da Selic. Essa situação econômica complexa influencia diretamente as decisões orçamentárias e a busca por estabilidade fiscal.
