Trump causa instabilidade no comércio global com tarifas recém-introduzidas
A partir de dentro de 7 dias, entrará em vigor o aumento tarifário; o Brasil se encontra entre os países afetados pelas novas taxas.

O presidente Donald Trump assinou nesta quinta-feira, 31, um decreto que estabelece tarifas mais elevadas a dezenas de países, visando reestruturar o comércio mundial em benefício dos Estados Unidos.
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As novas tarifas alfandegárias de Trump, caracterizadas por uma perspectiva mercantilista nas relações comerciais, não entrarão em vigor imediatamente, mas em sete dias. Uma fonte de alto escalão justificou a mudança.
A Casa Branca afirmou que a reestruturação do comércio mundial, em benefício dos trabalhadores americanos, foi um dos pontos destacados nos novos anúncios de taxas.
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Ameaças externas.
O objetivo é “abordar ainda mais o déficit comercial anual crescente de bens dos Estados Unidos” e “proteger o país das ameaças estrangeiras à segurança nacional e à economia”, acrescentou.
As taxas recentes atingem 41% para a Síria, seguidas pela Suíça com 39%. A Argélia terá 30%, Bangladesh 20%, Laos 40%, e Índia 25%.
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O Canadá também sofreu um revés, com as taxas subindo de 25% para 35%, com exceção dos produtos amparados pelo T-MEC.
O Canadá não colaborou para diminuir o fluxo contínuo de fentanil e outras substâncias ilícitas, e adotou medidas retaliatórias contra os Estados Unidos, criticou a Casa Branca. “Os cartéis mexicanos operam cada vez mais laboratórios de síntese de fentanil e nitazeno no Canadá”, acrescentou, sobre dois opióides sintéticos que preocupam os Estados Unidos.
A União Europeia (UE), Japão e Coreia do Sul, alguns dos poucos parceiros que conseguiram renegociar as tarifas, estarão sujeitos a 15%, assim como a maior parte dos países. Reino Unido, Vietnã, Indonésia e Filipinas fecharam acordos preliminares.
Brasil e México
Os encargos foram elevados para 15% para Costa Rica, Bolívia e Equador, e os valores previstos para Venezuela (15%) e Nicarágua (18%) permaneceram inalterados.
O Brasil figura com 10%, válido até 6 de agosto. O governo americano informou que incluirá 40 pontos percentuais, totalizando 50%, em razão do julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro, acusado de tentativa de golpe de Estado.
Trump demonstrou tolerância em relação ao México, após dialogar por telefone com a senadora Claudia Sheinbaum. “Chegamos a concordar em estender por 90 dias o acordo vigente”, afirmou. “O objetivo é assinar um tratado dentro deste prazo ou até mais”, complementou.
O México continuará a pagar a taxa de 25% que lhe foi aplicada para incentivá-lo a combater o tráfico de fentanil, 25% nos automóveis, 50% no aço e alumínio e, a partir de sexta-feira, 50% no cobre. Os produtos incluídos no T-MEC, do qual fazem parte México, Estados Unidos e Canadá, estavam isentos de tarifas, ou seja, a sua grande maioria.
A melhor concordância possível foi atingida quando comparada com outros países, destacou Claudia. Seu país, que estava exposto a tarifas adicionais de 30%, concordou em eliminar imediatamente suas inúmeras barreiras comerciais não tarifárias, acrescentou Trump.
Destroem as regras
Wendy Cutler, vice-presidente sênior do Asia Society Policy Institute, considera que “o decreto e os acordos” finalizados nos últimos meses “destroem o manual de regras comerciais que regulamentou o comércio internacional desde a Segunda Guerra Mundial”.
Se nossos parceiros conseguem mantê-lo sem que os Estados Unidos ainda seja uma questão em aberto, acrescentou.
A China foi afastada do acordo devido ao fato de sua trégua não ter vencido em 12 de agosto, momento em que as tarifas podem voltar a ser mais elevadas.
Até então, a maioria dos países enfrentava a alíquota mínima universal de 10% aplicada e as taxas sobre determinados produtos, como 50% sobre o alumínio e o aço e 25% sobre os automóveis. A partir de sexta-feira, entrarão em vigor sobretaxas de 50% para os produtos fabricados com cobre.
As tarifas geram preocupação entre os economistas. São vistas como um fator inflacionário, considerando que a inflação atingiu 2,6% em junho, conforme o Índice PCE divulgado nesta quinta-feira, e também para o crescimento dos Estados Unidos.
O emprego de tarifas como instrumento de pressão para obter acordos comerciais vantajosos para os Estados Unidos levou a disputas judiciais. Na quinta-feira, ocorreu uma audiência em um tribunal de apelações de Washington para verificar se Trump ultrapassou seus poderes constitucionais ao aplicar essas tarifas. A Casa Branca alertou que irá recorrer à Suprema Corte caso a decisão seja desfavorável.
Fonte por: Carta Capital
Autor(a):
Redação Clique Fatos
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